terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Silvana Mangano

Silvana Mangano (Roma, 23 de abril de 1930 - Madri, 16 de dezembro de 1989) foi uma atriz italiana.
Após o casamento com o produtor Dino De Laurentiis trabalhou com os nomes mais importantes do cinema italiano: Federico Fellini, Vittorio De Sica, Alberto Lattuada, Marco Ferreri, Pier Paolo Pasolini, Franco Zeffirelli, Tinto Brass e Luchino Visconti.
Filha de um ferroviário e de uma inglesa, começou a seguir os cursos de dança clássica em Milão, ministrados por Jia Ruskaya e, notada pelo famoso estilista francês Georges Armenkov, Silvana após um pouco de hesitação, decide partir para a França para trabalhar como modelo para a Maison Mascetti; e foi precisamente na França que Silvana desponta em 1945 como figurante no seu primeiro filme: Le jugement dernier.
Retornando à Itália, graças a sua beleza escultural, participou do concurso Miss Itália 1947 que foi ganho por Lúcia Bosé; nesta edição participaram também Gianna Maria Canale (segunda), Gina Lollobrigida (terceira) e Eleonora Rossi Drago (depois excluída) que tornaram-se amigas de Silvana por toda sua vida.
Silvana vem a ser notada pelo diretor Mário Costa e logo começa a trabalhar na figuração em alguns filmes como Il delitto di Giovanni Episcopo em 1947, de Alberto Lattuada, ao lado de Gina Lollobrigida. No entanto, segue um curso de declamação teatral, onde conheceu Marcelo Mastroianni, seu primeiro namorado.Silvana Mangano uma das mais belas atrizes do cinema...

Arroz Amargo e o sucesso

Com apenas 19 anos, Silvana Mangano foi escolhida por Giuseppe De Santis para o filme Arroz Amargo (1949) com Vittorio Gassman: a atriz tinha dezenove anos e se apresentou ao teste em meio a uma grande quantidade de garotas, mas o diretor não escolheu nenhuma delas: nem mesmo ela, que estava vestida de uma maneira muito vistosa e estava muito maquiada. Algum tempo depois, passeando pela Via Veneto em Roma, ela se encontrou com o diretor debaixo de chuva: sem maquiagem, com os cabelos molhados e com um aspecto simples, impressionou De Santis que a fez fazer um segundo teste, conseguindo assim o papel da protagonista Silvana. No set conheceu o seu futuro marido, o produtor cinematográfico Dino De Laurentiis.
O filme obteve um sucesso extraordinário e Silvana, graças a sua beleza também, alcançou o sucesso no mundo do cinema, lançada como sex symbol italiano no pós- guerra. A sua imagem altiva e indolente de camponesa com a camisa elegante e com as meias pretas até a metade das coxas, tornaram-se uma imagem símbolo do cinema italiano.
Ainda em 1949 trabalhou em Cagliostro e novamente com Vittorio Gassman em Il lupo della Sila, tanto que corriam boatos de que a queriam como noiva do ator. No ano seguinte filmou com Amedeo Nazzari, Il brigante Musolino.
Chegou o sucesso a nível internacional: os criticos americanos a comparavam a Rita Hayworth e recebia propóstas de Hollywood e do diretor Alexander Korda, mas Silvana recusou. Nesse mesmo ano se casou com Dino De Laurentiis, com quem teve quatro filhos: Veronica, Raffaella (futura produtora), Federico e Francesca

Pasolini e Visconti

 De 1967 à 1974, Silvana Mangano teve a oportunidade de mostrar o seu talento de maneira definitiva, dirigida por dois mestres como Pier Paolo Pasolini e Luchino Visconti, que compreenderam a sua maneira de atuar. Foi uma esplendida Jocasta no filme Édipo Rei (1967) e trabalhou em outros doisfilmes Capriccio all'italiana (1967) e As Bruxas (1967) ao lado de Totò.

Interpretou uma mãe desnaturada e hipocrita em Teorema (1968) com Massimo Girotti e Terence Stamp. Após Decameron (1971) abandonou Pasolini e atuou na comédia Semeando a Ilusão (1972), considerada por alguns a obra-prima de Luigi Comencini, ao lado de Alberto Sordi, Bette Davis e Joseph Cotten.
Visconti a queria em Morte em Veneza (1971) e, ao lado de Romy Schneider, em Ludwig (1973), no ano seguinte, no elenco de estrelas em Violência e Paixão (1974) com Burt Lancaster e Helmut Berger.

 Os Últimos Anos


Um contraponto ao sucesso profissional, houve dificuldades na vida privada. Cada vez mais isolada de seu marido e filhos, e para testemunhar o seu desconforto, existem muitas entrevistas no qual ela declarou seu desgosto com sua aparência física, e também falou da sua persistente insônia. A morte de seu filho Frederico aos vinte e cinco (em 15 de julho de 1981 em um acidente de avião no Alasca) agravou sua depressão.
Silvana Mangano divorciada de Dino De Laurentiis, foi diagnosticada com câncer de estômago, então retirou-se da vida pública, participando apenas do filme Duna (1984) de David Lynch, ao pedido de sua filha Raffaella, produtora do filme. Sentindo a aproximação do final, tornou-se amiga do ex-marido De Laurentiis e trabalhou com Marcello Mastroianni na obra-prima de Nikita Mikhalkov, Olhos Negros (1987).
Ela morreu de câncer dois anos depois, em Madri, onde ela vivia com sua filha Francesca, em 16 de dezembro de 1989, deixando na memória do público italiano o retrato de uma grande atriz e intérprete respeitada.


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