sexta-feira, 11 de junho de 2010

SARA MONTIEL

Sara Montiel    Filme La Violetera

Sara Montiel, nome artístico de María Antonia Alejandra Vicenta Elpidia Isidora Abad Fernández, (Campo de Criptana, província de Montiel, Ciudad Real), Espanha, 10 de março de 1928) é uma atriz e cantora espanhola, com atuação no México e nos Estados Unidos (Hollywood).

Biografia

Sara Montiel nasceu no seio de uma família humilde que vivia da agricultura, já que seu pai era um lavrador. Desde muito pequena María Antonia se destacou por sua beleza e seus dotes artísticos, os quais impressionaram Don Vicente Casanova, um influente agricultor (e que era um dos donos de uma companhia de publicidade chamada CIFESA, da Espanha). Este a viu e a ouviu cantar durante uma procissão da Semana Santa de Orihuela, em Alicante, província de Espanha. Don Vicente fez com que a jovem María Antonia recebesse um treinamento básico em declamação e canto.
Seu primeiro filme foi Te quiero para mi aparecendo como atriz coadjuvante no elenco, fazendo María Alejandra, mas foi a partir de Empezó em boda onde ela usaria o nome artístico de Sara Montiel. Seu papel de primeira importância foi em Locura de amor, a que se seguiu La mies es mucha, Pequeñeces e El capitán veneno. Sua grande beleza e talento permitiram que ela conseguisse grandes sucessos, mas o cinema espanhol da época era muito pequeno para uma estrela como Sara Montiel, que foi tentar a sorte fora de seu país, no México e nos Estados Unidos, onde chegou a trabalhar em Hollywood.

Carreira artística

 

Atriz de Hollywood e o seu estrelato
Graças ao êxito do filme Locura de amor, Sara Montiel chamou a atenção da indústria de fala hispânica mais importante do mundo na época, o México do Cine de Oro e imediatamente se transformou numa das estrelas do momento, junto com María Félix, Miroslava e Katy Jurado. Também trabalhou com os grandes atores da época: Augustín Lara, Arturo de Córdova, Pedro Infante... Filmou mais de uma dezena de produções, destacando: Cárcel de mujeres, Piel Canela, Furia Salvaje e Se solicitan modelos, entre outras.
Devido a sua beleza e talento logo chamou a atenção da indústria norte-americana, que precisava de estrelas hispânicas, na linha de Rita Hayworth. As interpretações em Cárcel de mujeres e Piel Canela abriram portas para entrar em Hollywood em 1954, como uma nova Gilda.
Sua primeira interpretação foi pelas mãos, nada mais, nada menos que do mítico Gary Cooper, em Veracruz, de Robert Aldrich, junto a intérpretes importantes da época como Burt Lancaster, Denise Darcel e um jovem chamado Charles Bronson. Consegue índices de popularidade que jamais havia conseguido uma artista espanhola. E depois deste filme aparece Serenade, junto a Joan Fontaine, o tenor Mario Lanza e Vincent Price. Nas rodagens desse filme conheceu aquele que foi o seu primeiro marido: Antony Mann, diretor do filme. Por último, roda Yuma (também chamada Run of the arrow), junto a Rod Steiger (que teve popularidade em sua velhice pelo vilão de O Especialista, com Silvester Stallone e Sharon Stone).
Sara Montiel (conhecido na Espanha como Sarita Montiel) teve destaque em Hollywood; manteve certa amizade com personalidades muito importantes do cinema, como Marlon Brando, James Dean, ou a filha de Alfred Hitchcock. Uma fotografia que Sara fez com Dean, é a última que se conhece do mito de Juventude Transviada. Foi com esta mesma foto que se anunciou a morte de James Dean num acidente de carro por todo o mundo.
Ainda que tivesse projetos para realizar outro filme como The American ou Burning Hills, um deles junto a Paul Newman, o destino deu outro rumo a sua carreira e desde então diminiu suas atuações em Hollywood.
Depois de uma férias, rodou na Espanha um filme de baixo orçamento sob as ordens de Juan de Orduña, que realizou mais por amizade e gratidão que por dinheiro: El ultimo cuplé. Ainda assim o filme fez um sucesso imenso de bilheteria, e fez de Montiel uma das artistas mais requisitadas do mundo. Como conseqüência, firmou um contrato milionário para realizaz filmes de produções européias (hispano-francesas-italianas) que fizeram dela a maior atriz de fala hispânica da década de 50-60. Depois de El ultimo cuplé seguiram La Violetera, Carmen la de Ronda, Mi último tango, Pecado de Amor, La bella Lola, La dama de Beirut, La r
ei na del Chantecler, Noches de Casablanca, La mujer perdida, Varietés e Cinco almohadas para una noche.

Atriz de Hollywood e o seu estrelato
Graças ao êxito do filme Locura de amor, Sara Montiel chamou a atenção da indústria de fala hispânica mais importante do mundo na época, o México do Cine de Oro e imediatamente se transformou numa das estrelas do momento, junto com María Félix, Miroslava e Katy Jurado. Também trabalhou com os grandes atores da época: Augustín Lara, Arturo de Córdova, Pedro Infante... Filmou mais de uma dezena de produções, destacando: Cárcel de mujeres, Piel Canela, Furia Salvaje e Se solicitan modelos, entre outras.
Devido a sua beleza e talento logo chamou a atenção da indústria norte-americana, que precisava de estrelas hispânicas, na linha de Rita Hayworth. As interpretações em Cárcel de mujeres e Piel Canela abriram portas para entrar em Hollywood em 1954, como uma nova Gilda.
Sua primeira interpretação foi pelas mãos, nada mais, nada menos que do mítico Gary Cooper, em Veracruz, de Robert Aldrich, junto a intérpretes importantes da época como Burt Lancaster, Denise Darcel e um jovem chamado Charles Bronson. Consegue índices de popularidade que jamais havia conseguido uma artista espanhola. E depois deste filme aparece Serenade, junto a Joan Fontaine, o tenor Mario Lanza e Vincent Price. Nas rodagens desse filme conheceu aquele que foi o seu primeiro marido: Antony Mann, diretor do filme. Por último, roda Yuma (também chamada Run of the arrow), junto a Rod Steiger (que teve popularidade em sua velhice pelo vilão de O Especialista, com Silvester Stallone e Sharon Stone).
Sara Montiel (conhecido na Espanha como Sarita Montiel) teve destaque em Hollywood; manteve certa amizade com personalidades muito importantes do cinema, como Marlon Brando, James Dean, ou a filha de Alfred Hitchcock. Uma fotografia que Sara fez com Dean, é a última que se conhece do mito de Juventude Transviada. Foi com esta mesma foto que se anunciou a morte de James Dean num acidente de carro por todo o mundo.
Ainda que tivesse projetos para realizar outro filme como The American ou Burning Hills, um deles junto a Paul Newman, o destino deu outro rumo a sua carreira e desde então diminiu suas atuações em Hollywood.
Depois de uma férias, rodou na Espanha um filme de baixo orçamento sob as ordens de Juan de Orduña, que realizou mais por amizade e gratidão que por dinheiro: El ultimo cuplé. Ainda assim o filme fez um sucesso imenso de bilheteria, e fez de Montiel uma das artistas mais requisitadas do mundo. Como conseqüência, firmou um contrato milionário para realizaz filmes de produções européias (hispano-francesas-italianas) que fizeram dela a maior atriz de fala hispânica da década de 50-60. Depois de El ultimo cuplé seguiram La Violetera, Carmen la de Ronda, Mi último tango, Pecado de Amor, La bella Lola, La dama de Beirut, La reina del Chantecler, Noches de Casablanca, La mujer perdida, Varietés e Cinco almohadas para una noche.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O MITO DA SAUDADE NÃO TEM IDADE


A notícia publicada pela BBC, de que a palavra saudade foi colocada em sétimo lugar numa lista das palavras mais difíceis de traduzir, em todas as línguas, causou alvoroço na blogosfera brasileira. Dezenas de blogs republicaram o texto.

Como qualquer lista, esta pode ser questionada, mas o fato de chancelar uma antiga crença brasileira, de que temos uma palavra que é só de nossa língua "e de mais ninguém", fez com que a notícia fosse aceita sem reservas. Lembro de estar, há alguns anos, numa roda de amigos estrangeiros, alguns conhecedores do português, e citar essa questão da singularidade da palavra "saudade". Para minha surpresa, a maioria achou que o sentido descrito por mim era comum a qualquer língua.

Algum tempo depois, a revista Bravo publicou um artigo de Sérgio Augusto, "Saudades do Brasil", onde ele refuta categoricamente o que chamou de "nosso maior orgulho lexical". Vale a pena ler este longo trecho:

Foi nas caravelas dos séculos 15 e 16 que a saudade (o sentimento, não a palavra) mais pegou carona; se bem que, em alguns périplos, tivesse outro nome, de origem grega: nostalgia, junção de dor (algia) com a distância da terra natal (nostos). Já no século seguinte, ela (a palavra, não o sentimento), ganharia seus primeiros exegetas, Duarte Nunes de Leão e dom Francisco Manoel de Melo. Se e quanto foram beber em Plotino, "o filósofo da pátria deixada", talvez o primeiro a refletir sobre as inefáveis sensações ateadas pela nostalgia, não sei dizer.

Embaçada por um étimo nebuloso, que remete à solidão latina (solitas) e à melancolia árabe (saudah), saudade foi soidade e nessas duas formas fez sua estréia triunfal em Os Lusíadas. Tal coincidência não nos autoriza a achar que ela fizesse parte do projeto político do descobrimento, até porque os portugueses não foram os únicos a descobrir que navegar é preciso. A vizinha Espanha fez a mesma coisa - assim como, antes dos ibéricos, o fizeram os fenícios, os viquingues, os gregos e os romanos - e nem por isso os espanhós estabeleceram ligações do sentimento de saudade com o imperialismo ou o império castelhano. Mesmo respeitando vários dos intelectuais que consideram a saudade "a tradução poético-ideológica do nacionalismo místico português", como, por exemplo, o ensaísta Eduardo Lourenço, cujo alentado ensaio "O Labirinto da Saudade" já emplacou quatro ou cinco edições pela Dom Quixote, o escritor José Saramago sempre que pode dá um chega-pra-lá na saudologia. Este ele deu na Folha de S. Paulo, cinco anos e meio atrás:

"Parece que se está fazendo de Portugal um país único, privilegiado, com certo tipo de relações com o espaço e tempo. Não estamos sós na história com sentimentos, atitudes e filosofias que nos sejam próprios, decorrentes de termos feito descobrimentos e de sermos um povo com uma relação muito direta com o mar. No interior de Portugal, onde sempre vivemos, há pessoas que nunca viram o mar, nem nunca o hão de ver. A saudade é um sentimento comum a toda a espécie humana".

O que vale dizer que todas as línguas deste planeta têm a sua maneira peculiar de expressar aquela dor que, segundo Elano de Paula, o letrista de "Canção de Amor", a gente não sabe de onde vem. Que superioridade (moral, etimológica, cultural) tem a palavra saudade sobre o banzo dos negros africanos?

Na segunda década deste século (N. do E.: o texto é de 98), a filóloga lisboeta Carolina Michaelis de Vasconcellos não só trouxe a público vocábulos afins a "saudade" garimpados no galego, no castelhano, no asturiano e no catalão, como pinçou em Goethe uma notável familiaridade entre saudade e sehnsucht. Além de provocar polêmicas com aqueles que piamente acreditam numa distinção entre o doce sentimento português e a ansiedade metafísica alemã embutida em sehnsucht, a filóloga caiu nas garras zombeteiras de Camillo Castelo Branco. Mas ela, e não seus adversários, liderados pelo poeta panteísta Teixeira de Pascoaes - para quem "o povo português criou a saudade porque ela é a única síntese perfeita do sangue ariano e semita" (uau!) -, é que tinha razão.

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Ref: Blog Velho do Farol _ publicado em 27 de junho de 2004

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