terça-feira, 16 de outubro de 2018

ALBERTO RUCHEL

ALBERTO RUSCHEL




Alberto Ruschel – Ator de Cinema Nascido em Estrela-RS
Alberto Ruschel foi ator, diretor, produtor e roteirista de cinema. Alberto foi criança para Porto Alegre, onde ficou até o início da década de 40.
Levado à carreira cinematográfica como cantor (era integrante do conjunto vocal Quitandinha Serenaders) e pela estampa de galã, o gaúcho nascido em Estrela, Alberto Manuel Miranda Ruschel, nunca abriu mão da qualidade nos filmes. Já em seu filme de estréia em 1947 – Esse Mundo é um Pandeiro - foi o galã de Eliana. Passou então a fazer as grandes comédias da época: É Com Este Que Eu Vou (1948), O Mundo Se Diverte (1949).
Fixou-se em São Paulo e na Vera Cruz, o que deu um grande impulso pra a sua carreira, atuando em Ângela (1951), Apassionatta (1952) e aquele que viria a estabelecê-lo definitivamente, ganhando o Palma de Ouro em Cannes, O Cangaceiro (1953). Alberto Ruschel sempre preferiu os filmes rurais. Ao lado de Milton Ribeiro e Hélio Souto fez Os Carpinteiros (1955).
Um dos primeiros filmes sem cinemascope foi o seu “O Capanga” de 1958, ano em retornou para o Rio de Janeiro para fazer “Matemática Zero, Amor Dez”. 
Retornou ao faroeste em Paixão de Gaúcho (1958), A Morte Comanda O Cangaço (1960) e Riacho de Sangue (1966).
Walter Hugo Khori o dirigiu em Palácio dos Anjos (1970) e sua única esperiencia como diretor foi em Pontal da Solidão (1973).
Sem nunca abandonar o Rio Grande do Sul, esporadicamente voltava a fazer cinema como em A Noiva da Noite (1974), Iracema – A Virgem dos Lábios de Mel (1979) e contracenando com Pelé – Os Trombadinhas, também de 1979.
Foi um ator de cinema basicamente e sua única experiência na TV aconteceu em 1979, já no fim da carreira, quando participou de “O Todo Poderoso” na TV Bandeirantes.
Quando morreu, Alberto Ruschel, aos 77 anos, vivia no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro. Ele se recuperava de uma cirurgia no coração quando teve uma hemorragia fatal do duodeno.
Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Em 1975,pela Rancho Filmes,trabalhou no filme O GRANDE RODEIO,Juntamente com: Leopoldo Rassier,e Roberto Mendes irmão do cantor José Mendes,e grande elenco.












sábado, 13 de outubro de 2018

A TRÁGICA HISTÓRIA DE MONTGOMERY CLIFT



A TRÁGICA HISTÓRIA DE MONTGOMERY CLIF





Foi com imensa satisfação que o casal William e Ethel anunciaram o nascimento dos gêmeos RMontgomery Clift (1920–1966): Um belo homem atormentado. Um ator fenomenal, que nos presenteou com gandes interpretações em Um Lugar ao Sol (1951), De Repente, no último Verão (1959) e A Árvore da Vida (1957oberta e Montgomery, em 17 de outubro de 1920. Ricos, puderam oferecer uma vida estável na primeira infância dos filhos. Porém, com a queda da bolsa em 1929, os tempos se tornaram difíceis para a família, que passou a vender todos os seus bens.




Com a irmã Roberta

Sempre chamando a atenção por sua beleza, aos 14 anos ele seria chamado para participar de uma peça. Foi ali que se apaixonou pela profissão definitivamente. Já com experiência nos palcos, chamou a atenção de Hollywood. Inicialmente Louis B. Mayer ofereceu uma vaga no filme Mrs. Miniver (1942), mas assustado com um longo contrato de sete anos com a MGM, o ator declinaria o convite. Era o primeiro sinal da rebeldia com a qual se tornou conhecido.
Mais tarde, iria estrear na tela em Rio Vermelho (1948), ao lado de John Wayne. Se você não considerar Os Desajustados como um faroeste, esse foi o único em que participou. Porém, devido a atrasos no lançamento do filme, sua estréia oficial seria em Perdidos na Tormenta (The Searchers), lançado um pouco antes e que já lhe rendeu uma indicação ao Oscar.

Rio Vermelho

Após o sucesso no ano anterior, ele seria escalado para trabalhar ao lado de Olivia de Havilland em Tarde Demais (The Heiress). A atriz que se tornou conhecida por sua parceria com Errol Flynn e também por interpretar Melanie em E o Vento Levou (1939) interpreta uma herdeira que sofre ao se apaixonar por um homem que só deseja seu dinheiro.
Em 1951 Mont conheceria uma das mulheres que faria parte de sua vida de maneira decisiva: Elizabeth Taylor. Durante as filmagens de Um Lugar ao Sol (An American Tragedy), se tornava evidente a química entre os dois atores. No filme, ele é um homem que deseja crescer na vida, mas encontra-se impedido por causa da repentina gravidez de sua namorada, interpretada por Shelley Winters. Ele foi indicado ao Oscar por seu personagem, mas acabou perdendo para Humphrey Bogart.

Um Lugar ao Sol

Um traço fundamental do ator era a boa escolha de papéis. Bastante requisitado, chegou a recusar muitos roteiros, preferindo aqueles que exigiam mais dele. Em 1953 ele encarnaria um padre impedido de contar um segredo sobre um assassinato, no hitchcockiano A Tortura do Silêncio (I Confess). Outros papéis de destaque foram conseguidos em filmes como A Um Passo da Eternidade (From Here to Eternity, 1953) e Os Desajustados (1959). Neste último, trabalharia ao lado de duas estrelas que despediam-se das telas: Marilyn Monroe e Clark Gable. Chocando todos da produção, poucas semanas após terminar as filmagens, Gable morria de um ataque cardíaco. Marilyn morreria também pouco tempo depois, em circunstâncias misteriosas.
ESTILO DE VIDA
Montgomery era um homem retraído mas respeitado por todos que o conheciam. Costuma-se falar muito sobre Marlon Brando e James Dean, mas poucos sabem que ambos foram influenciados por Mont. Imensamente discreto, preferia não frequentar grandes festas e evitava falar sobre sua vida particular. Segundo ele, estar em clubes noturnos eram imensamente solitário: “é um lugar onde você se encontra realmente só”. Ele preferia sempre estar próximo apenas daqueles que o cativavam, seus verdadeiros amigos.
Bastou isso para que o considerassem um rebelde. O ator não gostava de dar entrevistas, e evitava a todo custo viver uma vida de glamour. Preferiu permanecer em Nova York, apenas viajando para Hollywood no período em que filmava. Certa vez ele comentou: “Se eu fosse um vendedor de sapatos e tivesse que trabalhar em Denver por três meses, não significa que eu teria que me mudar pra lá. Eu sou um ator e vou até onde trabalho”. Claro que a imprensa achou estranho que um astro morasse em um apartamento alugado de 10 dólares por mês. Seu estilo de vida simples também chamava a atenção, já que ele não era de esbanjar como muitas estrelas da época. O Los Angeles Times chegou a “acusa-lo” de ter apenas um terno e uma jaqueta.

Mont com alguns amigos
 Árvore da Vida
Por causa das pressões da vida pública, ele era ainda mais discreto em sua vida particular. Alguns de seus romances incluíram o coreógrafo Jerome Robbins e o ator Roddy McDowall. Como Rock Hudson e Tab Hunter, foi obrigado a ocultar sua orientação sexual. As manchetes dos jornais cobravam amantes, e os estúdios ofereceram Elizabeth Taylor como isca. Os jornais começaram a insinuar que os dois viviam um romance, mas a verdade é que os unia era uma grande amizade. Cansado de dar respostas evasivas sobre sua vida amorosa, deu um basta à imprensa quando disse que “amava ser uma pessoa solitária, e assim iria permanecer.”
ACIDENTE QUE MUDOU SUA VIDA
Em 1956 a vida dele iria mudar drasticamente após ele sofrer um terrível acidente que deformou toda sua face. Após sair de uma festa na casa de Elizabeth Taylor e seu marido Michael, o ator, que detestava dirigir, bateu com o carro em um poste. Avisada do acontecido, a atriz saiu em desespero ao encontro do amigo, e o que encontrou a deixou aflita: o rosto perfeito de Mont estava com várias lacerações e esmagamentos, além dele ter perdido vários dentes. Elizabeth sentou-se ao seu lado e cobriu seu rosto, para que a imprensa não o fotografasse em um momento tão delicado. Ela apenas saiu do lugar com a chegada de uma ambulância. Ela chegou a relatar em seu livro de memórias que:
“O rosto de Monty escorria sangue e mal podia vê-lo. Mas me arrastei para dentro do carro e coloquei-lhe a cabeça no meu colo. Finalmente, ele voltou a si e começou a tentar puxar um dente solto. E Pediu-me para puxar outro e eu o atendi. Tive que me controlar para não passar mal”.
Segundo os médicos, era incrível que ele ainda estivesse vivo. Foram várias cirurgias para tentar recuperar uma das mais belas faces de Hollywood, mas muito pouco pode ser feito. As filmagens de A Árvore da Vida foram interrompidas. Mais tarde ele retornaria, mas ficava claro que jamais voltaria a ser o mesmo, por vários motivos.


Com Marilyn Monroe

Atormentado com as dores e por perder seus traços, o ator entregaria-se às bebidas e aos remédios, iniciando o que Robert Lewis (professor do Actors Studio) chamou de “o maior suicídio da história de Hollywood). Ele se afastou definitivamente da vida pública, passando por várias outras cirurgias de reconstrução e fisioterapias. O ator ainda faria algumas participações no cinema. A primeira em Julgamento em Nuremberg, fazendo uma pequena participação que lhe rendeu outra indicação ao Oscar. A outra foi em Freud, Além da Alma, em que encarna o famoso psicanalista.


Freud

MORTE
O ator passara alguns meses na Alemanha, onde terminara as filmagens de The Defector, seu último filme. Recolhido à sua casa, sofreu um ataque cardíaco em 23 de julho de 1966. Seu corpo sem vida foi encontrado por seu secretário às seis horas da manhã. Estava sozinho e de bruços. Após o médico ser chamado, a morte do ator de apenas 45 anos foi decretada, deixando vazios aqueles que o amavam.

terça-feira, 17 de julho de 2018

DORIS DAY

Doris Day

Atriz norte-americana

Biografia de Doris Day

Doris Day (1924-) é atriz norte americana, se destacou na fase áurea de Hollywood, como uma das comediantes mais simpáticas e também como cantora, com uma das vozes mais agradáveis do cinema. Ficou conhecida como uma mulher independente e espevitada. Fez comédias de grande sucesso na década de 60, junto com o ator Rock Hudson.
Doris Day (1924) nasceu na cidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, no dia 03 de abril de 1924. Filha de pais alemães católicos, desde cedo mostrou desenvoltura para a dança. Com 12 anos, após ganhar um concurso de dança, foi para Hollywood, onde permaneceu até completar 14 anos de idade. Ao retornar para Cincinnati sofreu um grave acidente de carro que quase a afastou de sua carreira de dançarina.
Doris Day, com 16 anos, iniciou uma turnê, como cantora, com a Orquestra de Les Brown, onde conhece seu primeiro marido Al Jordan. Em 1942, após o nascimento de seu filho, Terry, o casal se separa. Em 1948 casa-se com George Weidler, união que durou oito meses.
Em 1948 participa de seu primeiro filme "Romance em Alto Mar". Com 27 anos casa-se pela terceira vez, com seu agente Martin Melcher, do qual seu filho adotou o sobrenome. Ficou viúva em 1968. Nesse mesmo ano assina contrato para realização do programa "The Doris Day Show", que fez grande sucesso até 1973.
Em 1976 casa-se pela quarta vez, com Barry Comden, vindo a se divorciar em 1981. Em 1985 apresentou "Doris Day and Friends. Desde a morte de seu filho Terry Melcher, no dia 19 de novembro de 2004, Doris vive reclusa e dedicada à proteção de animais, na Doris Day Pet Foundation.

Filmografia de Doris Day

Tem um homem na cama da mamãe (1968)
Onde estavas quando as luzes apagaram? (1968)
Capricho (Caprice) (1967)
A indomável (Ballad of Josie, The) (1967)
Every girl's dream (1966)
A espiã de calcinhas de renda (Glass bottom boat, The) (1966) Favor não incomodar (Do not disturb) (1965)
Não me mandem flores (Send me no flowers) (1964)
Eu, ela e a outra (Move over, darling) (1963)
Tempero do amor (Thrill of it all, The) (1963)
A mais querida do mundo (Billy Rose's jumbo) (1962)
Carícias de luxo (That touch of mink) (1962)
Volta, meu amor (Lover come back) (1961)
A teia da renda negra (Midnight lace) (1960)
Já fomos tão felizes (Please don't eat the daisies) (1960)
Confidências à meia-noite (Pillow talk) (1959)
Viuvinha indomável (It happened to Jane) (1959)
O túnel do amor (Tunnel of love, The) (1958)
Um amor de professora (Teacher's pet) (1958)
Um pijama para dois (Pajama game, The) (1957)
O homem que sabia demais (Man who knew too much, The) (1957)
Julie (Julie) (1956)
Ama-me ou esquece-me (Love me or leave me) (1955)
Corações enamorados (Young at heart) (1954)
Com o ceú no coração (Lucky me) (1954)
Lua prateada (By the light of the silvery moon) (1953)
Ardida como pimenta (Calamity Jane) (1953)
So you want a television set (1953)
Paris em abril (April in Paris) (1952)
Combinação invencível (Winning team, The) (1952)
Sonharei com você (I'll see you in my dreams) (1951)
Meus braços te esperam (On moonlight bay) (1951)
Estrelas em desfile (Starlift) (1951)
Rouxinol da Broadway (Lullaby of Broadway) (1951
Dilema de uma consciência (Storm warning) (1951)
Conquistando West Point (West Point story, The) (1950)
Tea for two (1950)
Êxito fugaz (Young man with a horn) (1950)
Meus sonhos te pertencem (My dream is yours) (1949)
Mademoiselle Fifi (It's a great feeling) (1949)
Romance em alto mar (Romance on the high seas) (1948)
Um rosto de mulher (A woman's face) (1941)
Lady be good (1941)
Thou shalt not kill (1939)

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Charlton Heston 


Charlton Heston, nome artístico de John Charles Carter, (Evanston, Illinois , 4 de outubro de 1923 — Beverly Hills, 5 de abril de 2008) foi um ator norte-americano notabilizado no cinema por papéis heroicos em superproduções da época de ouro de Hollywood, como Moisés de Os Dez Mandamentos, Judah Ben-Hur de Ben-Hur, o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme homônimo e Robert Neville em A Última Esperança da Terra.
Nascido no estado de Illinois, viu seus pais se divorciarem quando tinha dez anos; com o segundo casamento de sua mãe com Chester Heston, a família se mudou para um subúrbio de Chicago e ele adotou o nome do padrasto. Na escola secundária, Charlton se envolveu com a cadeira de artes dramáticas e teve um resultado tão bom que recebeu uma bolsa em drama para cursar a universidade.
Em 1944 deixou os estudos e se alistou na força aérea do exército, onde serviu como operador de rádio de bombardeiros B-25 nas Ilhas Aleutas durante a Segunda Guerra Mundial. Atingiu a patente de sargento, e se casou com uma colega de faculdade.
Após a guerra, o casal voltou para Nova Iorque onde ele iniciou uma carreira de ator em teatro e começou a aparecer em papéis históricos como Macbeth e Marco Antônio & Cleópatra. Já usando o prenome de Charlton, ele fez seu primeiro papel no cinema em Dark City, em 1950, recebendo reconhecimento por sua atuação e chamando a atenção para seu porte.
Morreu em 5 de Abril de 2008 em sua residência de Beverly Hills, em Los Angeles, aos 84 anos. Sofria desde 2002 de uma doença degenerativa com sintomas similares aos do Mal de Alzheimer. Grandes estrelas de Hollywood como a sua amiga Olivia de Havilland, o ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, Keith Carradine, Pat Boone, Tom Selleck, Oliver Stone, Rob Reiner e Christian Bale, dentre outros, compareceram a seu funeral para dar-lhe o último adeus. Encontra-se sepultado no Saint Matthew's Episcopal Church Columbarium, Pacific Palisades, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados Unidos.



JAMES DEAN O ETERNO REBELDE

James Dean: morte do 'rebelde sem causa' completa 60 anos

Ator morreu aos 24 anos ao bater seu Porsche em 30 de setembro de 1955.
Ele é considerado um maiores astros de Hollywood em todos os tempos.


A morte de James Dean, um dos maiores astros da história de Hollywood, completa 60 anos nesta quarta-feira (30). Ícone da rebeldia em sua época, ele morreu na interseção de duas estradas estaduais, a 46 e a 41, perto da cidade de Cholame, na Califórnia, a 300 km de Los Angeles.
Às 17h45 de 30 de setembro de 1955, seu Porsche 550 Spyder prateado, que tinha o apelido de "Little Bastard" ("Pequeno Bastardo"), bateu de frente em um Ford Tudor branco conduzido por um estudante chamado Donald Turnupseed. O jovem saiu praticamente ileso do acidente.Dean viajava para uma corrida de carros em Salinas junto com o mecânico alemão Rolf Wütherich, que ficou gravemente ferido e, após se recuperar, jamais falou sobre a tragédia. Duas horas antes, o ator tinha sido multado por excesso de velocidade.Batizado de "o rebelde da América" por Ronald Reagan também ator e mais tarde presidente dos Estados Unidos, Dean morreu na hora, em decorrência de várias lesões graves, incluindo uma fratura de pescoço.A beleza e a atitude rebelde, desafiadora e ao mesmo tempo vulnerável e angustiada ajudaram a definir a juventude do pós-guerra.

'Rebelde sem causa'
James Byron Dean tinha 24 anos e havia feito apenas três filmes. Na época de sua morte, apenas um deles tinha entrado em cartaz nos cinemas: "Vidas amargas" (1955), a adaptação de Elia Kazan para o romance de John Steinbeck.
O título foi suficiente para que a crítica o recebesse como o maior talento jovem de Hollywood, o que seria referendado com a estreia, apenas um mês após sua morte, de "Rebelde sem causa" (1955), o drama de Nicholas Ray.
Em outubro de 1956, com Dean já transformado em mito do cinema, foi lançado "Assim caminha a humanidade", seu último trabalho, com a assinatura de George Stevens, que também tinha Elizabeth Taylor e Rock Hudson no elenco.
O ator recebeu uma indicação póstuma ao Oscar, como já havia acontecido com "Vidas amargas".
Vida trágica"Ele estava muito centrado em seu trabalho e em sua carreira", lembrou ao jornal "Los Angeles Times", em ano 2000, o ator Dennis Hopper (1936-2010). Hopper estreou no cinema justamente em "Rebelde sem causa". Além disso, voltou a contracenar com Dean em "Assim caminha a humanidade"."Eu tinha 18 anos, e ele era cinco anos mais velho que eu. É uma grande diferença. A atuação era sua vida. Em alguns dias, cumprimentava e passava direto. Estava completamente concentrado no que fazia. Em outros dias, estava mais aberto e era mais gentil", recordou Hopper.O tormento que acompanhou sempre seus personagens cinematográficos pode ter encontrado inspiração em sua própria vida. Dean perdeu a mãe, vítima de câncer, quando ele tinha nove anos. E seu pai abriu mão de criá-lo.Dean viveu com seus avós em uma fazenda de Indiana até os 18 anos e depois se mudou para a Califórnia, onde começou a estudar interpretação na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Ali foi escolhido entre mais de 300 alunos para dar vida a Malcolm em um espetáculo de "Macbeth".
A vida em HollywoodEm janeiro de 1951, Dean tinha decidido abandonar as aulas e entrar totalmente em Hollywood, onde daria seus primeiros passos em representações teatrais exibidas pela televisão, como "A long time till dawn", "Run like a thief" e "General electric theater: I'm a fool", onde dividiu palco com Natalie Wood, sua futura companheira de elenco em "Rebelde sem causa".Muitos se perguntam o que teria sido de Dean se tivesse vivido mais. Há quem acredite que teria tido uma carreira como a de Marlon Brando ou Cary Grant. Ou que talvez teria optado por se envolver profissionalmente no mundo das corridas de carros que tanto amava. Ou que teria aberto o caminho para muitos ao tornar pública sua suposta homossexualidade.
"Acredito que teria permanecido na indústria", disse Marcus Winslow, primo de Dean, ao jornal "Indy Star".
"Muitos dos que o conheciam bem e conviveram com ele na Califórnia acham que teria tentado ser diretor. Há muitas fotos suas atrás das câmaras, olhando através da lente. Talvez criasse sua própria produtora", apostou.
Mas James Dean viveu e morreu de acordo com sua própria filosofia, com frases que entraram para o imaginário de Hollywood como "a gratificação vem ao fazer, não com os resultados". Além da célebre "sonhe como se fosse viver para sempre e viva como se fosse morrer hoje".

 O ator James Dean em foto que foi colorida por computador (Foto: Divulgação/Mads Madsen)
 James Dean e o diretor George Stevens em Assim Caminha a Humanidade (Foto: Divulgação)
 James Dean em Assim Caminha a Humanidade (Foto: Divulgação)
 James Dean em Vidas Amargas (Foto: Divulgação)

James Dean (Foto: Divulgação)






sábado, 23 de junho de 2018

MARLON BRANDO O LINDO

A insaciável vida sexual de Marlon Brando

Novas revelações mostram sua voracidade. “Você deve saber que estou louco”, dizia ele às secretárias quando as contratava. “E também que sou viciado em sexo.”

“Brando transava com qualquer coisa. Qualquer coisa! Até com uma caixa de correio. [O escritor] James Baldwin. [O ator] Richard Pryor. [O cantor] Marvin Gaye”, declarou recentemente o produtor e músico Quincy Jones. Faz décadas que os amassos entre os astros da Hollywoodclássica geram fofocas, lendas urbanas e biografias não autorizadas, sugerindo que eles não faziam outra coisa. Uma história mítica dos anos sessenta diz que, durante uma festa em sua casa, onde todos os convidados estavam nus, Brando perambulou com um lírio no traseiro. Entre os amantes do ator, incluem-se os suspeitos daquela época: Marilyn Monroe, Marlene Dietrich, Ava Gardner, Rock Hudson, Grace Kelly e James Dean.
Marlon Brando (Nebraska, 1924 – Califórnia, 2004) nunca teve problema para se definir como “uma besta sexual” que tinha “mulheres entrando pela porta e saindo pela janela constantemente”. “Você deve saber que estou louco”, explicava às secretárias quando as contratava. “E que sou viciado em sexo.” Ele também confessou sem hesitar que teve experiências homossexuais. “Nunca prestei muita atenção no que as pessoas pensam de mim”, explicou a Gary Carey para sua biografia The Only Contender. No entanto, cada revelação sobre seus escarcéus sexuais com homens continua sendo recebida com espanto, talvez porque Brando passou à História como o sujeito mais viril que pisou em Hollywood.
Brando era vulgar, se empanturrava com comida chinesa, tabletes inteiros de creme de amendoim e bolos de canela
Brando irrompeu numa Hollywood arrogante, cujas estrelas haviam despontado como a aristocracia da qual os Estados Unidos carecem. Uma ilusão coletiva onde Cary Grant transitava com a certeza de que todos os homens do mundo tentariam imitá-lo. E então Brando chegou – e fez amor de forma metafórica e (segundo a lenda) literal com Cary Grant. Brando era vulgar, se empanturrava com comida chinesa, tabletes inteiros de creme de amendoim e bolos de canela. E sua atitude em relação ao sexo era a mesma: insaciável, voraz e imprudente. Uma convulsão sexual surgida de uma primeira experiência, aos 4 anos, que o próprio Brando apontava como o princípio de todas as suas misérias. Sua mãe alcoólatra abandonou o marido, também alcoólatra e abusador, e os três filhos. E os deixou aos cuidados da babá, Ermi, que dormia com o pequeno Marlon. Ambos nus. “Uma noite, me sentei a lado dela, observando seu corpo e acariciando seus seios”, recordou Brando no documentário Listen to Me Marlon. “Me deitei em cima dela, era só minha, pertencia só a mim.”
Brando considerava que aquele despertar sexual não consumado o distanciou para sempre do mundo real. “Passei o resto da vida buscando-a”, confessou. Quando Ermi lhe disse que ia embora para viajar (na verdade, para se casar), Marlon se sentiu abandonado. E passou a vida tentando satisfazer essa frustração traumática.
"Ele não só tinha um físico predileto, mas também uma preferência psicológica. Não se sentia atraído por pessoas estáveis: em minha pesquisa, encontrei 22 mulheres que tinham mantido relações com ele e que haviam se suicidado ou tentado o suicídio”, diz sua biógrafa
“Brando descreveu aquela experiência com muita inocência, mas sua irmã sugeriu que a família considerou que foi um abuso por parte da babá”, explica Susan L. Mizruchi, autora do livro Brando’s Smile. “Aquele episódio levou Brando a ter essa compulsão com o sexo: queria praticá-lo todos os dias – e quanto mais, melhor. A babá era morena, com um aspecto exótico, e Brando se sentiu atraído por mulheres de físico similar. Ele não só tinha um físico predileto, mas também uma preferência psicológica. Não se sentia atraído por pessoas estáveis: em minha pesquisa, encontrei 22 mulheres que tinham mantido relações com ele e que haviam se suicidado ou tentado o suicídio.”
Marlon Brando e James Dean (apoiado), que esteve de visita nas filmagens do filme 'Désireé, o grande amor de Napoleão', em 1954. Algumas fontes asseguram que os dois tiveram uma relação.
Marlon Brando e James Dean (apoiado), que esteve de visita nas filmagens do filme 'Désireé, o grande amor de Napoleão', em 1954. Algumas fontes asseguram que os dois tiveram uma relação. CORDON
Brando se casou três vezes, todas elas com mulheres grávidas. Teve 11 filhos reconhecidos e um número incalculável de ilegítimos. “Nunca pôde se limitar a uma mulher. Tinha uma necessidade. E o sucesso e o poder lhe permitiam manter relações com quem desejasse”, diz Mizruchi. E, sim, isso incluía Richard Pryor, Marvin Gaye e James Baldwin. “[Brandon] tinha muitos interesses em comum com a comunidade negra. Essa afeição fez com que se sentisse atraído por artistas como o músico Miles Davis e o escritor James Baldwin”, afirma Mizruchi. “É inquestionável que, em certo momento, ele foi para a cama com Baldwin: para Brando, a amizade podia evoluir facilmente para o sexo. Se tivéssemos que lhe dar um rótulo seria heterossexual, mas ele era muito sensual e considerava que os apetites sexuais não tinham limites.”
Brando foi o primeiro astro de Hollywood a interpretar um homossexual, em Os Pecados de Todos Nós (John Huston, 1967), ao lado de Elizabeth Taylor (ele disse que nunca sentira atração por ela porque “tinha uma bunda pequena demais”, do mesmo modo que, em outra ocasião, disse que Sophia Loren “tinha o hálito de um dinossauro”). “Também foi um dos poucos que defenderam o escritor Tennessee Williams e denunciaram o tratamento cruel dos críticos por ele ser homossexual”, recorda Mizruchi.
“Nunca pôde se limitar a uma mulher. Tinha uma necessidade. E o sucesso e o poder lhe permitiam manter relações com quem desejasse”, diz Mizruchi. E, sim, isso incluía Richard Pryor, Marvin Gaye e James Baldwin
Com James Dean, algumas testemunhas dizem que Brando manteve uma relação sexual sadomasoquista. Segundo o escritor Stanley Haggart, Dean mostrava com orgulho algumas queimaduras em seu corpo, dizendo que Brando as havia feito com cigarro. Mizruchi também acredita que isso seja certo, mas Brando sempre negou, inclusive quando reconheceu suas aventuras com homens, em 1976. “Dean era submisso em relação a Brando: o reverenciava, sentia-se intimidado por ele, assim como o planeta inteiro”, explica Mizruchi. “Brando tinha uma relação estranha com sua própria fama, seu poder e sua autoridade. Sentia antipatia pelas pessoas que o idolatravam demais, e por isso acho que ele tratava Dean com certo desprezo.”
O certo é que houve um reencontro adulto entre Marlon e sua babá. “Quando representava Um Bonde Chamado Desejo na Broadway, com 23 anos, ela foi vê-lo no camarim e lhe pediu dinheiro”, conta Mizruchi. “Claro que ele deu, mas depois confessou que aquele reencontro partiu seu coração: ele estava apaixonado, e ela só queria seu dinheiro.” Para Ermi a relação não tinha significado nada, mas para Brando foi algo que marcou a vida toda. Transformou-o nessa besta sexual, com um desejo tão desmedido que, ao começar a escrever sua autobiografia, Brando teve que telefonar para Ursula Andress para perguntar se alguma vez eles tinham ido para a cama.


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