sábado, 28 de abril de 2012

Ademilde Fonseca

Ademilde Fonseca Delfino (São Gonçalo do Amarante, 4 de março de 1921 — Rio de Janeiro, 27 de março de 2012), mais conhecida como Ademilde Fonseca, foi uma cantora brasileira. Suas interpretações a consagraram como a maior intérprete do choro cantado, sendo considerada a "Rainha do choro". Trabalhou por mais de dez anos na TV Tupi e seus discos renderam mais de meio milhão de cópias. Além de fazer sucesso em terras nacionais, regravou grandes sucessos internacionais e se apresentou em outros países.Ademilde Fonseca
Faleceu no Rio de Janeiro aos 9
A cantora Ademilde Fonseca morreu no final da noite de terça-feira (27), no Rio de Janeiro, informou a família. Conhecida como a "Rainha do chorinho", ela tinha 91 anos e sofria problemas cardíacos.
Segunda a neta, Ana Cristina, Ademilde sofreu um mal súbito e morreu em casa, por volta das 23h.
Nascida no Rio Grande do Norte, a "Rainha do choro" iniciou sua carreira na década de 40 e continuava normalmente suas atividades, participando inclusive da gravação de dois programas da Globo News nesta segunda-feira (26). Na semana passada, fez shows em Porto Alegre.
Ademilde deixa uma filha, a também cantora Eimar Fonseca, três netas e quatro bisnetos. O enterro da cantora será realizado no Cemitério São João Batista, em Botafogo. O horário do sepultamento, no entanto, ainda não foi definido.
1 anos, e foi sepultada no Cemitério de São João Batista

Lolita Rodrigues

Lolita Rodrigues, nome artístico de Sílvia Gonçalves Rodrigues Leite (Santos, 10 de março de 1929), é uma atriz e cantora brasileira. Rodrigues Leite é seu sobrenome de casada.

 

Biografia

Filha dos imigrantes espanhóis Isaac e Izolina, cresceu acostumada a ouvir seus familiares cantando músicas espanholas. Em 1939, aos 10 anos, iniciou sua carreira participando de programas na Rádio Record, em São Paulo. Sua beleza e graciosidade eram tamanhas que fora apelidada de La Salerosa. Sempre cantando, passou pelas rádios Bandeirantes, Cultura e Tupi, chegando a ganhar dois Troféus Roquette Pinto como "Melhor Cantora Internacional".
Na inauguração da TV Tupi, em 1950, Lolita substituiu Hebe Camargo, sua amiga de longa data, e cantou o hino especialmente feito para aquela ocasião, o Hino da Televisão Brasileira, com letra do poeta Guilherme de Almeida.
Em 1952, começou a namorar com Aírton Rodrigues, cansando-se alguns anos depois. Tiveram apenas uma filha, a médica Sílvia. Juntos, o casal apresentou, a partir de 1956 e durante longos anos, os programas "Almoço com as Estrelas" e "Clube dos Artistas", na TV Tupi de São Paulo, onde fizeram grande sucesso . Após 31 anos de casamento, o casal se separou, porém não oficialmente; Aírton morre alguns anos depois, tornando-a oficialmente viúva.
O grande sonho de Lolita era tornar-se atriz, realizando-o em 1957, a convite de Cassiano Gabus Mendes, quando interpretou a cigana Esmeralda na telenovela O Corcunda de Notre Dame, exibida às terças e sexta-feiras, onde cantava, dançava, representava e tocava castanhola. Ela também participou da primeira novela diária da televisão, a 2-5499 Ocupado, formando o triângulo romântico com Glória Menezes e Tarcísio Meira.
Por décadas, foi a melhor amiga de Nair Bello, até sua morte, em 2007. Juntas, contraceram nas novelas A Viagem, Uga-Uga, Kubanacan e no humorístico Zorra Total.
Em 2009, é lançado “De Carne e Osso”, biografia de Lolita Rodrigues escrita pela jornalista Eliana Castro, que faz parte da Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
O autor de novelas da Rede Globo, Manoel Carlos, presenteou a atriz pelos seus 80 anos completados em 2009 com um papel de destaque em sua novela Viver a Vida. Lolita interpretou Noêmia, mãe do protagonista Marcos vivido pelo ator José Mayer.

Carreira

Ano Novela Emissora Personagem
2009 Viver a Vida Rede Globo Noêmia
2006 Pé na jaca! Rede Globo Carmen
2003 Kubanacan Rede Globo Dona Isabelita
2000 Uga Uga Rede Globo Carmem
1999 Terra Nostra Rede Globo Dolores
1999 Louca Paixão Rede Record Helena
1998 Estrela de Fogo Rede Record Clara
1998 Do Fundo do Coração Rede Record Alzira
1997 Canoa do Bagre Rede Record Clarita
1996 Razão de Viver SBT Carmem
1994 A Viagem Rede Globo Fátima
1992 Despedida de Solteiro Rede Globo Emília
1990 A História de Ana Raio e Zé Trovão Manchete Verônica
1990 Rainha da Sucata Rede Globo Lena
1987 Sassaricando Rede Globo Aldonza
1978 O Direito de Nascer Rede Tupi Dora
1972 Quero Viver Rede Record Severina
1972 O Tempo Não Apaga Rede Tupi (desconhecido)
1971 Os Deuses Estão Mortos Rede Record Eleonora
1970 As Pupilas do Senhor Reitor Rede Record Joana
1969 Algemas de Ouro Rede Record Linda
1968 A Última Testemunha Rede Record Constância
1966 Anjo Marcado Rede Excelsior Júlia
1965 Em Busca da Felicidade Rede Excelsior Anita
1965 Os Quatro Filhos Rede Excelsior (desconhecido)
1965 Ontem, Hoje e Sempre Rede Excelsior Laura
1964 O Pintor e a Florista Rede Excelsior Clélia
1964 Ilsa Rede Excelsior (desconhecido)
1964 Ambição Rede Excelsior Guida
1964 Mãe Rede Excelsior Maria
1963 Aqueles que Dizem Amar-se Rede Excelsior Mariana
1963 2-5499 Ocupado Rede Excelsior Laura
1957 O Corcunda de Notre Dame Rede Tupi Esmeralda
Ano Minissérie Emissora Personagem
1997 Uma Janela para o Céu Rede Record Dona Dalva
1986 Memórias de Um Gigolô Rede Globo Antonieta
Ano Humorístico Emissora Personagem
2003
2006
Zorra Total Rede Globo Ornela
Ano Teleteatro Emissora Personagem
1958
1960
TV de Comédia Rede Tupi (diversos personagens)
1954
1959
TV de Vanguarda Rede Tupi (diversos personagens)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Centenário de Mazzaropi

Era uma entediante tarde de domingo, há MUITOS anos (se é que se pode dizer “há MUITOS anos” quando se tem apenas 18 de idade) e eu decidi assistir a um filme que estava começando. O artista era Mazzaropi, sobre quem eu já havia lido em um almanaque. Não lembro o nome do filme, sequer o enredo, mas a lembrança do riso ficou. Riso compartilhado com milhares de outras pessoas que tiveram a sorte de vê-lo na tela grande e que também não esqueceram a comicidade deste artista cujo centenário será comemorado em breve.
Amácio Mazzaropi nasceu em São Paulo em 9 de abril de 1912, filho de um italiano com uma descendente de portugueses, e recebeu o mesmo nome do avô, Amazzio. Mas seria o outro avô sua maior inspiração, pois era tocador de viola e dançarino. Os pais passaram a trabalhar em uma companhia de tecelagem em Taubaté, onde ele mais tarde também trabalharia. Era bom aluno, sempre declamava poemas em festas escolares e foi aos 10 anos, num monólogo, que pela primeira vez interpretou um caipira.
Ao contrário de tantos outros artistas, o cinema foi o último território a ser desbravado por Mazzaropi. Em 1951 ele assinou contrato com a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde faria seus três primeiros filmes, passando por diversas outras produtoras até fundar a sua própria em 1958: Produções Amácio Mazzaropi, a PAM Filmes. Para produzir as primeiras películas, ele vendeu tudo o que tinha. Valeu a pena: fez mais sucesso, ganhou seu próprio programa de variedades e comprou uma fazenda para construir seu estúdio.
Em 1960 ele fez o filme Jeca Tatu, repetindo o papel de caipira em mais nove produções. No mesmo ano estreia na direção, com “As aventuras de Pedro Malasartes”. E o pioneirismo não parou por aí: “Tristeza do Jeca”, do mesmo ano, seria o primeiro filme nacional colorido em Eastmancolor, tendo sido editado no México. E, por fim, em 1973 sairia o primeiro de seus dois filmes rodados no exterior: “Um caipira em Bariloche”.
Mazzaropi ganhou diversos prêmios durante sua carreira. Seu filme “No paraíso das solteironas” rendeu, em um ano, 2 bilhões e 650 milhões de cruzeiros. Rodou um filme autobiográfico, “Betão ronca ferro”, em 1970, e dois anos depois se encontrou com o presidente Emílio Garrastazu Médici, pedindo maiores verbas para o cinema brasileiro. Ele se encontraria com mais dois presidentes, sempre falando sobre a sétima arte.
Sucesso garantido
O artista nunca se casou, mas, segundo alguns depoimentos, criou ao longo de sua vida cinco meninos, embora em algumas biografias conste que ele teve apenas um filho adotivo, de nome Péricles. Mazzaropi faleceu em 13 de junho de 1981, aos 69 anos, de septicemia (infecção generalizada), dois anos antes da morte da mãe. Fez ao todo 32 filmes e contracenou com grandes nomes, como Hebe Camargo, Odete Lara, Luís Gustavo e Tarcísio Meira, tendo estes últimos estreado sob a tutela do mestre. Ensinou gerações a rirem com sua personagem caipira, mas na vida real era ambicioso, perspicaz e gostava de se vestir com elegância. Caipira esperto, uai! 
Assim como outros astros do cinema brasileiro, Mazzaropi começou no circo, juntando-se a uma trupe aos 14 anos e contando piadas entre as apresentações de um faquir. Três anos depois, ele se viu obrigado a voltar para casa sem emprego, mas a efervescência trazida pela Revolução de 32 reacendeu sua vontade de atuar. Não demoraria para que ele transformasse o mais famoso grupo itinerante do interior de São Paulo, a Troupe Olga Crutt
 
 
 na Troupe Mazzaropi, inclusive levando seus pais para trabalharem com ele.
Quase dez anos depois, Mazzaropi recebeu boas críticas por sua peça “Filho de sapateiro, sapateiro deve ser”. Com o sucesso veio em 1946 o convite para o programa Rancho Alegre, da Rádio Tupi, em que ele contava piadas e cantava ao som de uma sanfona. Só na primeira semana, ele recebeu 2000 cartas de fãs, que lotavam os espetáculos que ele fazia pelo país.
Mazzaropi teve o privilégo de se apresentar na estreia da TV Tupi tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro, respectivamente em 1950 e 1951. Seu programa Rancho Alegre seria a primeira atração da televisão brasileira a contar com um patrocinador.
 
 
Ao contrário de tantos outros artistas, o cinema foi o último território a ser desbravado por Mazzaropi. Em 1951 ele assinou contrato com a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde faria seus três primeiros filmes, passando por diversas outras produtoras até fundar a sua própria em 1958: Produções Amácio Mazzaropi, a PAM Filmes. Para produzir as primeiras películas, ele vendeu tudo o que tinha. Valeu a pena: fez mais sucesso, ganhou seu próprio programa de variedades e comprou uma fazenda para construir seu estúdio.
Em 1960 ele fez o filme Jeca Tatu, repetindo o papel de caipira em mais nove produções. No mesmo ano estreia na direção, com “As aventuras de Pedro Malasartes”. E o pioneirismo não parou por aí: “Tristeza do Jeca”, do mesmo ano, seria o primeiro filme nacional colorido em Eastmancolor, tendo sido editado no México. E, por fim, em 1973 sairia o primeiro de seus dois filmes rodados no exterior: “Um caipira em Bariloche”.
Mazzaropi ganhou diversos prêmios durante sua carreira. Seu filme “No paraíso das solteironas” rendeu, em um ano, 2 bilhões e 650 milhões de cruzeiros. Rodou um filme autobiográfico, “Betão ronca ferro”, em 1970, e dois anos depois se encontrou com o presidente Emílio Garrastazu Médici, pedindo maiores verbas para o cinema brasileiro. Ele se encontraria com mais dois presidentes, sempre falando sobre a sétima arte.
Sucesso garantido
O artista nunca se casou, mas, segundo alguns depoimentos, criou ao longo de sua vida cinco meninos, embora em algumas biografias conste que ele teve apenas um filho adotivo, de nome Péricles. Mazzaropi faleceu em 13 de junho de 1981, aos 69 anos, de septicemia (infecção generalizada), dois anos antes da morte da mãe. Fez ao todo 32 filmes e contracenou com grandes nomes, como Hebe Camargo, Odete Lara, Luís Gustavo e Tarcísio Meira, tendo estes últimos estreado sob a tutela do mestre. Ensinou gerações a rirem com sua personagem caipira, mas na vida real era ambicioso, perspicaz e gostava de se vestir com elegância. Caipira esperto, uai! 
 

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