sábado, 31 de julho de 2010

Marlon Brando

Marlon Brando Jr. (Omaha, 3 de abril de 1924 — Los Angeles, 1 de julho de 2004) foi um ator estadunidense, considerado um dos maiores atores de língua inglesa de todos os tempos, adepto do estilo realista de interpretação conhecido como Método Stanislavski.

Biografia             Tributo a Marlom Brando o grande astro de Hollywood

Marlon Brando era filho de Marlon Brando Sr.(1895–1965) e Dorothy Pennebaker Brando. Os seus pais se separaram quando tinha apenas 11 anos de idade - em 1935. A sua mãe levou os filhos (Marlon, Jocelyn (1919–2005) e Frances Brando (nascida em 1922)) para viver com a avó em Santa Ana, Califórnia, até 1937, quando decidiu reconciliar com o marido e viver com ele e com os rebentos numa vila chamada Libertyville, Illinois.
Dorothy era uma mulher talentosa, embora fosse viciada em bebidas alcoólicas e mãe ausente. Ela se envolveu com o teatro local, ajudou o jovem Henry Fonda a começar a carreira de ator e incutiu em Brando o interesse pela mesma. Sua irmã mais velha, Jocelyn, também foi atriz.
Brando teve uma infância tumultuada. Foi expulso da escola Libertyville High School e, aos 16 anos de idade, mandado para a academia militar Shattuck, em Fairbault, Minnesota. Lá, se sobressaiu nas aulas de teatro. Mas por tentar escapar do confinamento da escola, sofreu, mais uma vez, expulsão. Aceito de volta um ano mais tarde, decidiu não dar prosseguimento aos estudos.
Brando foi para Nova York atrás de suas irmãs. Uma tentava ser pintora enquanto a outra estava na Broadway. Em Nova York, Brando estudou em várias escolas de teatro com destaque para o tempo em que estudou com Stella Adler no seu estúdio que hoje ainda funciona como escola, a Stella Adler Actors Studio. Foi com Stella, a única professora nos EUA que realmente teve contato com Stanislavski que Brando definiu sua técnica.
Em 1976, Brando declarou que já teve experiências homossexuais com vários homens, e que não ligava para o que as pessoas pensavam.[1]




Carreira

Marlon Brando na peça "Um Bonde Chamado Desejo" (A Streetcar Named Desire) que posteriormente iria para as telas de cinema.
Brando começou a chamar atenção atuando na peça de Tennessee Williams, Um Bonde Chamado Desejo. A peça foi filmada, mas acabou tendo seu lançamento atrasado, o que levou que figurasse como seu primeiro trabalho em cinema o filme, de 1950, Espíritos Indômitos . Esta produção contava a história de um veterano da Segunda Guerra Mundial ferido em combate angustiado por estar preso a uma cadeira de rodas.
Em Um Bonde Chamado Desejo - cujo filme recebeu no Brasil o nome de Uma Rua Chamada Pecado - dirigido por Elia Kazan e com a presença da atriz Vivien Leigh no papel de Blanche DuBois, Brando fazia o papel de Stanley Kowalski, um desocupado e explorador da esposa. Tornou-se um símbolo sexual ao aparecer em fotos como o personagem, sempre de camiseta que lhe realçava seus músculos. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles premiou o filme nas categorias de melhor atriz, Vivien Leigh, melhor ator coajuvante, Karl Malden e melhor atriz coadjuvante para Kim Hunter. Brando também foi indicado ao Oscar, mas mesmo sendo o franco favorito , não ganhou. Brando seria indicado mais três vezes em cada ano posterior em "Viva Zapata!" em 1952, Júlio César , 1953, no papel de Marco Antônio, e Sindicato de Ladrões em 1954.
No ano de 1953, Brando se tornaria um ídolo dos jovens da época ao interpretar Johnny Stabler em O Selvagem. No filme ele era um delinquente, líder de uma gangue de motoqueiros, vestido de jaqueta de couro e dirigindo uma motocicleta 1950 Triumph Thunderbird 6T. O filme marcaria toda uma geração de artistas, desde James Dean a Elvis Presley, os quais adoravam o estilo rebelde mostrado no filme.
Ganharia o primeiro oscar com o filme Sindicato de Ladrões/Há Lodo no Cais, dirigido por Elia Kazan. Nos anos 1960 faria alguns filmes polêmicos, como Caçada Humana, no qual é a vítima em uma longa cena de espancamento. E Queimada!, seu personagem favorito, usado para mostrar uma visão histórica do que teria sido a política de colonização européia na América, com os portugueses e espanhóis agindo com violência e ganância, enquanto os ingleses buscavam tomar para si as colônias, atuando nos bastidores com mentiras e falso apoio aos nativos colonizados. Brando se mostra um grande ativista nos anos 1960, tendo participado de manifestações públicas em favor do Direitos Civis e dos Direitos dos Indígenas, campanha que o levou a recusar um oscar no início da década seguinte.
Mas seu estilo como ator alcançaria o auge do sucesso e da fama nos anos 1970, com O Poderoso Chefão/O Padrinho e Último Tango em Paris, entre outros, tendo sido indicado para mais dois oscars pela Academia de Hollywood. Venceu pela sua interpretação de Don Vito Corleone, que rendeu ao personagem o título de "maior vilão da história do cinema".
Quando venceu em 1973 o óscar pelo fime O Padrinho/O Poderoso Chefão, Marlon Brando enviou uma índia (que mais tarde se descobriu ser uma atriz) fazer um discurso em seu nome, protestando contra a forma como os EUA e Hollywood discriminavam os nativos americanos.
Nos anos 1980 interrompe sua carreira e se retira para a ilha de Tetiaroa, na Polinésia Francesa, da qual era o dono desde 1966. Ganha peso e é fotografado várias vezes usando um largo sarongue polinésio. Com problemas financeiros, retomou sua carreira cinematográfica em 1989. Chegou a fazer uma paródia de si mesmo no filme de 1990 Um Novato na Máfia, no qual praticamente repetiu a caracterização de Don Vito Corleone. Passa a ter sérios problemas pessoais, com o julgamento do filho Christian por assassinato do namorado da irmã Cheyenne e que, deprimida, se suicidou poucos anos depois (1995).
Dirigiu apenas um filme: o western A Face Oculta (1961), substituindo o diretor Stanley Kubrick no início das filmagens. Obteve alguns elogios da crítica, demonstrando estilo lento e inovador no gênero: filmou o mar, cenário incomum dos western. Também no duelo final com seu amigo na vida real Karl Malden, usa ângulos e coreografia fora do normal. No western que fez com Jack Nicholson, ( Duelo de Gigantes, 1976), ele faz um pistoleiro bem estranho, dando continuidade à sua visão e a do diretor Arthur Penn, inovadora mas com tendências acentuadas para parodiar o gênero.
                                                                                        

Filmografia

  • 1950 - Espíritos indômitos (The Men)
  • 1951 - Uma Rua Chamada Pecado (A streetcar named desire)
  • 1952 - Viva Zapata! (Viva Zapata!)
  • 1953 - Júlio César (JuliusCaesar)                            
  • 1954 - Desirée, o amor de Napoleão (Desirée)
  • 1954 - Sindicato de Ladrões (On the Waterfront)
  • 1954 - O Selvagem (The Wild One)
  • 1955 - Eles e elas (Guys and dolls)
  • 1956 - Casa de chá do luar de agosto (Teahouse of the August Moon, The)
  • 1957 - Sayonara (Sayonara)
  • 1958 - Os deuses vencidos (Young lions, The)
  • 1959 - Vidas em fuga (The Fugitive Kind)
  • 1961 - A face oculta (One-eyed jacks)
  • 1962 - O grande motim (Munity on the bounty)
  • 1962 - The Ugly American
  • 1964 - Dois farristas irresistíveis (Bedtime story)
  • 1965 - Morituri (Morituri)
  • 1966 - Meet Marlon Brando
  • 1966 - Caçada humana (Chase, The)
  • 1966 - Sangue em Sonora (Appaloosa, The)
  • 1967 - A condessa de Hong Kong (A countess from Hong Kong)
  • 1967 - O pecado de todos nós (Reflections in a golden eye)
  • 1968 - Candy (Candy)
  • 1968 - A noite do dia seguinte (Night of the following day, The)
  • 1969 - Queimada! (Quemada!)
  • 1972 - Último tango em Paris (Last tango in Paris)
  • 1972 - O Poderoso Chefão (Brasil) ou O Padrinho (Portugal)(Godfather, The)
  • 1972 - Os que chegam com a noite (Nightcomers, The)
  • 1976 - Duelo de gigantes (Missouri breaks, The)
  • 1978 - Superman - O filme (Superman)
  • 1979 - Apocalypse Now (Apocalypse Now)
  • 1979 - Raoni (Raoni: The Fight for the Amazon)
  • 1980 - A fórmula (Formula, The)
  • 1989 - Assassinato sob custódia (A dry white season)
  • 1990 - Um novato na máfia (The Freshman)
  • 1992 - Cristóvão Colombo - A aventura do descobrimento (Christopher Columbus: The Discovery)
  • 1995 - Don Juan de Marco (Don Juan de Marco)
  • 1996 - A ilha do Dr. Moreau (Island of Dr. Moreau, The)
  • 1997 - O bravo (The Brave)
  • 1998 - Loucos por dinheiro (Free Money)
  • 2001 - A cartada final (Score, The)
  • 2001 - You Rock My World (Videoclipe de Michael Jackson)
  • 2006 - Superman - O Retorno (Superman Returns) (foram usados sons e imagens de arquivo digitalmente modificados)

Premiações

7 indicações e 2 premiações do Óscar da Academia para Melhor Ator (principal), nos seguintes filmes:
  • Uma Rua Chamada Pecado(1952)
  • Viva Zapata!(1953)
  • Julius Caesar (1954)
  • Sindicato de Ladrões (1955) - Venceu
  • Sayonara (1956)
  • O Poderoso Chefão (1973) - Venceu
  • Último Tango em Paris (1974)
Uma indicação ao Óscar de Melhor Ator (coadjuvante/secundário):
  • Assassinato Sob Custódia" (1990).
3 vitórias de 4 indicações ao Golden Globe Award para Melhor Ator (filme dramático), nos seguintes filmes:
  • 1955:On the Waterfront - Venceu
  • 1958: Sayonara
  • 1964: The Ugly American
  • 1973:The Godfather - Venceu
Recebeu uma indicação ao Golden Globe Award para Melhor Ator (comédia ou musical) em cinema, por "Casa de Chá do Luar de Agosto" (1956).
Recebeu uma indicação ao Golden Globe Award para Melhor Ator (coadjuvante/secundário) em cinema, por "Assassinato Sob Custódia" (1989).
3 vitórias de 6 indicações ao BAFTA de Melhor Ator Estrangeiro, no seguintes filmes:
  • 1953: Viva Zapata! - Venceu
  • 1954: Julius Caesar - Venceu
  • 1955: On the Waterfront - Venceu
  • 1973: The Nightcomers
  • 1973: The Godfather
  • 1974: Last Tango In Paris
Recebeu uma indicação ao BAFTA de Melhor Ator (coadjuvante/secundário), por "Assassinato Sob Custódia" (1989).
Ganhou o prémio de Melhor Ator, no Festival de Cannes, por "Viva Zapata!" (1952).




sexta-feira, 30 de julho de 2010

Alberto Ruschel

Alberto Ruschel (Estrela, Rio Grande do Sul, 21 de fevereiro de 1918 — Rio de Janeiro,
RJ, 18 de janeiro de 1996) foi diretor, produtor e roteirista de cinema, e ator de cinema e televisão brasileiro.
Já no Rio de Janeiro, tornou-se cantor do conjunto Quitandinha Serenade. Foi através do amigo Grande Otelo que chegou ao cinema, estreando em 1947 no filme “Este mundo é um pandeiro”. Logo se tornou um galã da Atlântida, fazendo vários filmes com o diretor Watson Macedo.
Veio para São Paulo e participou do início da Companhia Vera Cruz, atuando como microfonista e técnico de som até estrear em 1951 em “Ângela” de Tom Payne e Abílio Pereira de Almeida.
Em 1953 chega a sua grande oportunidade e como o Teodoro de “O Cangaceiro”, até hoje um dos maiores sucessos do cinema brasileiro, ele se transformou em um astro do cinema, inclusive internacional. Passou a escolher filmes de ação e rodou na Argentina, nos Estados Unidos e na Espanha.
Atuou em mais de trinta filmes e chegou a dirigir um, “Pontal da solidão”, em 1973. Foi um ator de cinema basicamente e sua única experiência na TV aconteceu em 1979, já no fim da carreira, quando participou de “O todo poderoso” na TV Bandeirantes.
Quando morreu, em 1996, Alberto Ruschel, aos 77 anos, vivia no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro. Ele se recuperava de uma cirurgia no coração quando teve uma hemorragia fatal do duodeno.

Filmografia Ator: cinema 

 O Cangaceiro : o maior filme do cinema brasileiro com Alberto Ruchel
  • A volta de Jerônimo (1981)
  • Desejo selvagem (1979)
  • O guarani (1979)
  • Iracema, a virgem dos lábios de mel (1979)
  • Os trombadinhas (1979)
  • O grande rodeio (1975)
  • Intimidade (1975) .... Pedro
  • A noiva da noite (1974)
  • Pontal da solidão (1974)
  • O palácio dos anjos (1970)
  • Riacho de sangue (1966) .... Ponciano
  • Luta nos pampas (1965)
  • Aconcagua (1964)
  • A morte comanda o cangaço (1961) .... Raimundo Vieira
  • O capanga (1958)
  • Matemática zero, amor dez (1958)
  • Cara de fogo (1957)
  • Paixão de gaúcho (1957)                                 
  • Ha pasado un hombre (1956)
  • El puente del diablo (1956)
  • Orgullo (1955)
  • Três garimpeiros (1955) .... Alberto Prado
  • O cangaceiro (1953) .... Teodoro
  • Esquina da ilusão (1953) .... Dante Rossi
  • Apassionata (1952) .... Luiz Marcos
  • Terra é sempre terra (1952)
  • Aí vem o barão (1951) (integrante do Quitandinha Serenaders)
  • Ângela (1951)
  • Não é nada disso (1950) (Quitandinha Serenaders)
  • É com este que eu vou (1948) (Quitandinha Serenaders)
  • E o mundo se diverte (1948)
  • Este mundo é um pandeiro (1947) (Quitandinha Serenaders)
  • Não me digas adeus (1947) (Quitandinha Serenaders)

Ator: TV

  • O todo-poderoso (1979)

Fada Santoro

Fada Santoro, nome artístico de Mafalda Basílio Monteiro dos Santos Santoro (Rio de Janeiro, 29 de agosto de 1926) é uma atriz brasileira.

Biografia  

Fada começou muito jovem sua carreira, atuando como dançarina na Companhia de Alda Garrido. Foi depois crooner em cassinos na década de 1940.
A estréia como atriz no cinema foi no final da década de 1930, no filme Samba da Vida. Também atuou no cinema argentino e fez dupla em muitos filmes com o ator Cyll Farney.
Abandonou a carreira no final da década de 1950 quando se casou e passou a se dedicar apenas à família.

Filmografia     

  • Assim Era a Atlântida
  • O Capanga                             
  • Boca de Ouro
  • África Ríe
  • La Delatora
  • Detective
  • Nem Sansão nem Dalila
  • Dúvida
  • Perdidos do Amor
  • Agulha no Palheiro
  • Força do Amor
  • Barnabé Tu és Meu
  • Areias Ardentes
  • Milagre de Amor
  • Tocaia
  • O Pecado de Nina
  • Jangada (inacabado)
  • Escrava Isaura
  • Pra Lá de Boa
  • Pif-Paf
  • Romance Proibido
  • Berlim na Batucada
  • Maridinho de Luxo

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tyrone Power

Tributo a Tyrone Power

Tyrone Edmund Power, Jr. (5 de maio de 1914 – 15 de novembro de 1958), 
o geralmente sob o nome Tyrone Power e conhecido, algumas vezes, como "Ty Power", foi um ator de cinema e de teatro estadunidense, que atuou em diversos filmes entre os anos 30 e 50, em papéis de capa-e-espada ou personagens românticos, como em The Mark of Zorro, Blood and Sand, The Black Swan, Prince of Foxes, The Black Rose, e Captain from Castile.
Nos anos 50, Power limitou seus papéis no cinema, para dedicar algum tempo ao teatro. Sua grande chance teatral surgiu com John Brown's Body (poema) e com a peça Mister Roberts. Power morreu de um infarto agudo do miocárdio, aos 44 anos.
Tyrone Power foi para Hollywood em 1936, e assinou contrato com a 20th Century-Fox. No entanto, não foi reconhecido seu talento por algum tempo, e teve uma falsa esperança quando foi escalado para Sing Baby Sing, a pedido de Alice Faye, uma estrela do estúdio. O diretor, Sidney Lanfield, não reconheceu seu potencial e o tirou do elenco do filme, alegando que ele nunca se tornaria um ator. Faye interveio novamente, e convenceu o estúdio a lhe dar uma chance. Conseguiu um pequeno papel em Girls' Dormitory, e nesse filme conquistou várias fãs, entre elas Hedda Hopper. Posteriormente, Power fez um papel maior em Ladies in Love, que estrelava Janet Gaynor, Constance Bennett e Loretta Young. Ao perceber que a 20th Century-Fox não o considerava entre suas opções, Tyrone Power foi ao escritório do diretor, Henry King, para l
insistiu para que fizesse um teste para Lloyd's of London, um papel que já era de Don Ameche. A despeito das reservas de Darryl F. Zanuck, foi decidido dar a Power o papel no filme, o qual era dirigido por Henry King, e a editora da Fox, Barbara McLean, convenceu-o de que Power tinha mais presença em cena do que Don Ameche. Ele foi para a estréia do filme como um desconhecido, e saiu como uma estrela, inciando aí seu sucesso cinematográfico.                              


Tyrone Power em um trailer de Marie Antoinette (1938)
Tyrone Power esteve em evidência de 1936 até 1943, quando sua carreira foi interropida para o serviço militar. Nessa época, estrelou comédias românticas:Thin Ice e Day-Time Wife; dramas: Suez, Blood and Sand, Son of Fury: The Story of Benjamin Blake,The Rains Came e In Old Chicago; musicais: Alexander's Ragtime Band, Second Fiddle e Rose of Washington Square; western: Jesse James (1939) e Brigham Young; filmes de Guerra: Yank in the R.A.F. e This Above All; capa-e-espada: The Mark of Zorro e The Black Swan. Jesse James foi um grande sucesso, mas recebeu muitas críticas pela glamurização do famoso fora-da-lei. O filme foi feito em torno de Pineville, Missouri, e foi o primiro filme Technicolor de Power. Em sua carreira, fez 16 filmes em cores, incluindo o que estava fazendo quando morreu. Foi emprestado uma vez, para a MGM, para fazer Marie Antoinette (1938). Zanuck ficou irritado porque a MGM usou a maior estrela da Fox em um papel secundário, e nunca mais o emprestou. Power foi aventado para o papel de Ashley Wilkes em Gone with the Wind, Joe Bonaparte em Golden Boy[5], Paris em King's Row; além disso, Harry Cohn o convidou para diversos filmes [6]; e esteve nos planos de Norma Shearer para a produção de The Love of the Last Tycoon[7].
Power foi considerado a segunda maior bilheteria de 1939, só superado por Mickey Rooney[8].

Anos 40

Em 1940, a carreira de Tyrone Power tomou uma direção dramática, quando o filme The Mark of Zorro foi realizado. Power fez o papel de Don Diego Vega, durante o dia, e de Zorro, durante a noite. O papel fora feito, anteriormente, por Douglas Fairbanks, em 1920, num filme com o mesmo título. A atuação de Power foi excelente, e a 20th Century Fox colocou-o no elenco em filmes de capa-e-espada nos anos seguintes. Power foi um excelente espadachim, e a cena do duelo em The Mark of Zorro é considerada uma das melhores da história do cinema. O grande espadachim de Hollywood, Basil Rathbone, que atuou com ele em The Mark of Zorro, comentou: "Power was the most agile man with a sword I’ve ever faced before a camera. Tyrone could have fenced Errol Flynn into a cocked hat".
A despeito de se manter ativo no cinema fazendo filmes para a 20th Century-Fox, Tyrone Power dedicou um tempo ao rádio e ao teatro. Ele atuou com sua esposa, Annabella, em diversos programas de rádio, incluindo as peças Blood and Sand, The Rage of Manhattan e Seventh Heaven; também atuou com ela na peça Liliom, em Country Playhouse, Westport, Connecticut, em 1941. Trabalhou também ao lado de Humphrey Bogart, Jeanne Crain, Loretta Young, Alice Faye e Al Jolson.
A carreira de Tyrone Power foi interrompida em 1943, para o serviço militar. Ele entrou para os U.S. Marines em 1942, mas quando voltou, foi requisitado pela 20th Century-Fox para completar mais um filme, Crash Dive, em 1943, um patriótico filme de guerra. Ele foi creditado como Tyrone Power, U.S.M.C.R., e o filme serviu, como muitos da época, para o recrutamento de soldados para a guerra.

Com Maureen O'Hara no trailer de The Black Swan (1942)
Anne Baxter foi uma das atrizes que atuou com ele no cinema e no teatro. Em 1946, contracenou com Gene Tierney e Anne Baxter em The Razor's Edge, uma adaptação da novela homônima de W. Somerset Maugham.
Seu próximo trabalho foi o film noir Nightmare Alley (1947); Darryl F. Zanuck estava relutante em permitir que Power fizesse o filme, pois sua aparência marcante e charme eram usados como marketing pelo estúdio, e Zanuck temia que o papel sombrio pudesse prejudicar a imagem de Power. Zanuck acabou aceitando, mas dispensou para um “filme A” os recursos que normalmente daria a um filme B. O filme foi dirigido por Edmund Goulding, e, apesar de ter morrido na bilheteria (Zanuck não fez publicidade e o removeu do lançamento), Power recebeu as mais favoráveis críticas de sua carreira. O filme foi lançado em DVD em 2005, após muitos anos de batalha legal, e Power novamente recebeu opiniões favoráveis dos críticos do século XXI.
A incursão de Power no drama foi curta, e ele em seguida convidado para o filme Captain from Castile, dirigido por Henry King, que dirigiu Tyrone Power em onze filmes. Após fazer as comédias românticas That Wonderful Urge (com Gene Tierney, seu par em The Razor's Edge) e The Luck of the Irish (1948) (com Anne Baxter), Power voltou ao capa-e-espada, em The Black Rose e Prince of Foxes.

Power como o acusado de assassinato, na adaptação de 1957 do romance de Agatha Christie, Witness for the Prosecution
.
Em 1956, ano em que a Columbia lançou The Eddy Duchin Story, outro grande sucesso, Power retorna à Inglaterra para o papel de Dick Dudgeon, em The Devil's Disciple, de George Bernard Shaw, por uma semana no Manchester Opera House, em Manchester, e nove semanas no Winter Garden, em Londres.
Seu antigo chefe, Darryl F. Zanuck, persuadiu-o a atuar em The Sun Also Rises (1957), adaptado do romance de Ernest Hemingway, que foi lançado no mesmo ano que Abandon Ship e Rising of the Moon (apenas narrador), de John Ford. O último filme de Tyrone Power é também um dos seus papéis mais esquecidos, o do acusado de assassinato Leonard Vole, no filme baseado no romance de Agatha Christie, Witness for the Prosecution, dirigido por Billy Wilder. O crítico de The National Post, Robert Fulford, comentou sua atuação como “soberba”, e Power como "the seedy, stop-at-nothing exploiter of women"[9], contrastando com os capa-e-espada e os papéis românticos anteriormente intepretados. O filme foi bem recebido e foi um sucesso de bilheteria.
Power voltou ao teatro em março de 1958, para a adaptação de Arnold Moss para a peça de George Bernard Shaw, Back to Methuselah, de 1921. Em setembro de 1958, Tyrone Power foi para Madrid e Valdespartera, na Espanha, para o filme épico “Solomon and Sheba”, dirigido por King Vidor. Ele filmara já 75% do roteiro quando teve um infarto agudo do miocárdio, enquanto estava filmando uma cena de duelo com seu amigo, George Sanders, e morreu a caminho do hospital. Yul Brynner ficou com o papel de Salomão, e a edição usou várias das cenas de luta que Power havia filmado; um observador mais atento pode vê-lo em algumas das cenas, durante o duelo.
O último filme de Tyrone Power pode ter sido um filme familiar, com a espada na mão. Ele é, talvez, mais lembrado como um espadachim. O diretor Henry King comentou que opovo sempre lembraria dele com uma espada na mão: "People always seem to remember Ty with sword in hand, although he once told me he wanted to be a character actor. He actually was quite good – among the best swordsmen in films"[10].

Vida pessoal

Tyrone Power casou com a atriz francesa Annabella (nascida Suzanne Georgette Charpentier) em abril de 
1939
O relacionamento extraconjugal com Judy Garland pode ter contribuído para o fim do casamento
 Após a separação de Annabella, Power teve um relacionamento com Lana Turner. 

Power e Christian casaram em 27 de janeiro de 1949, na igreja Santa Francesca, com 8 a 10 mil fãs do lado de fora. Christian abortou três vezes, até dar a luz a uma menina, Romina Francesca Power, em 2 de outubro de 1951. Uma segunda filha, Taryn Stephanie Power, nasceu em 13 de setembro de 1953. Na época do nascimento de Taryn, o casamento acabou. Em sua autobiografia, Christian declarou qe o casamento acabara devido aos relacionamentos extraconjugais do marido. Christian teve também um relacionamento, com Edmund Purdom, que criou tensão entre ela e o marido, e se divorciaram em 1955[11]
 Após o divórcio, Power teve um longo relacionamento com Mai Zetterling[12], que conhecera no set de Abandon Ship, além de um relacionamento com a atriz britânica Thelma Ruby[13]. Em 1957, no entanto, ele conheceu Deborah Ann Montgomery Minardos; casaram em 7 de maio de 1958, e ela logo engravidou. Deborah o acompanhou a Madrid em setembro de 1958, para a filmagem de Solomon and Sheba. Ela estava preocupada com seus problemas cardíacos, mas ele estava envolvido demais com o filme. Em 15 de novembro de 1958, durante a filmagem de uma cena de duelo, ele teve um infarto agudo do micárdio, e morreu. Seu filho, Tyrone Power IV, nasceu em 22 de Janeiro de 1959.

Premiações

Tyrone Power foi homenageado com a impressão de suas mãos e pés na calçada do Grauman's Chinese Theatre em 31 de maio de 1937. Foi homenageado ao lado de Loretta Young, por ocasião da estreia do filme Cafe Metropole, e nessa época tinha 23 anos e era uma grande estrela há apenas 6 meses. Ele assinou no cimento: "To Sid - Following in my father's footsteps", como tributo a seu pai, ator de teatro e de cinema, Tyrone Power, Sr..
A estrela de Tyrone Power na Calçada da Fama pode ser encontrada no 6747 Hollywood Blvd.


Túmulo de Tyrone Power, no Hollywood Cemetery
Tyrone Power foi sepultado no Hollywood Cemetery, atualmente conhecido como Hollywood Forever Cemetery, em Hollywood, Califórnia, em 21 de novembro de 1958, com honras militares. Foi velado na Capela de Psalms, no Hollywood Cemetery, sob o serviço do Capelão Thomas M. Gibson. O caixão foi carregado por oficiais da United States Marine Corps e pelos amigos Charles Laughton, Raymond Massey, Tommy Noonan, Theodore Richmond, Murray Steckler, Cesar Romero, Watson Webb, Milton Bren, James Denton, George Sidney, George Cohen, Lew Schreiber, Lew Wasserman e Harry Brand. Cesar Romero apresentou um tributo fúnebre, usando as palavras do grande amigo e colega de atuação de Tyrone, George Sanders. Sanders escrevera tal tributo no set de Solomon and Sheba, poucas horas após a morte de Power, e escrevera o seguinte:
"I shall always remember Tyrone as a bountiful man, a man who gave freely of himself. It mattered not to whom he gave. His concern was in the giving. I shall always remember his wonderful smile, a smile that would light up the darkest hour of the day, like a sunburst. I shall always remember Tyrone Power as a man who gave more of himself than it was wise for him to give, until in the end, he gave his life".
Mais de 20 anos após a morte de Tyrone Power, Hector Arce citou, de fonte anônima, a declaração de que 
Power era bissexual[1

Mulheres com que Power foi casado ou teve relacionamentos sempre negaram o conhecimento de sua inclinação homossexual. Sua segunda esposa, Linda Christian, relatava que ela e Power tinham uma relação intensa e descreve seu amor por outras mulheres[20]. Lana Turner, em seu livro de 1983 The Lady The Legend The Truth, e Mai Zetterling, em All Those Tomorrows (1986), descrevem longos relacionamentos com Power. Outras mulheres com quem esteve envolvido foram Gene Tierney, Sonja Henie, Judy Garland, Anita Ekberg e Mary Roblee, uma editora. Os amigos mais próximos de Power refutaram a ideia de sua bissexualidade: Robert Buck, um piloto que serviu com Power em uma viagem à Europa e África do Sul em 1947, em sua autobiografia North Star Over My Shoulder, em resposta aos rumores, declarou: "And while talking of Ty, I want to make this clear, and as loudly as I can: he was not a homosexual...

Tyrone Power abraça Alice Faye no filme de 1938 Alexander's RagtimeBand         


Tyrone Power
Em 
Alexander's Ragtime Band (1938)
Em Alexander's Ragtime Band (1938)
Nome completo Tyrone Edmund Power, Jr.
Outros nomes Ty Power
Nascimento 5 de maio de 1914
Cincinnati, Ohio, EUA
Nacionalidade  Estados Unidos
Falecimento 15 de novembro de 1958
Madrid, Espanha
Ocupação Ator
Altura 1,83[1][2]. m
Cônjuge Annabella (1939–1948) (divorciados)
Linda Christian (1949–1956) (divorciados) 2 filhos
Debbie Ann Minardos (1958–1958) (até sua morte) 1 filho
Trabalhos notáveis Leonard Vole em Witness for the Prosecution; Eddy Duchin em The Eddy Duchin Story
Atividade 1932–1958







quarta-feira, 28 de julho de 2010

Francisco Alves (cantor)

Francisco de Morais Alves (Rio de Janeiro, 19 de agosto de 1898 — Pindamonhangaba, 27 de setembro de 1952) foi um dos mais populares cantores do Brasil.

Biografia              Francico Alves junto com Dalva de Oliveira

Começou sua carreira em 1918 e seu primeiro sucesso foi a marcha carnavalesca O Pé de Anjo, do compositor Sinhô. Devido a sua voz firme e potente, era conhecido como o 'Rei da Voz. Compôs com Orestes Barbosa algumas obras-primas da canção brasileira: "Meu Companheiro", A Mulher que Ficou na Taça", "Dona da Minha Vontade", "Por Teu Amor".
Morreu carbonizado por ocasião de uma colisão entre seu automóvel e um caminhão, que imprudentemente entrou na contramão, na Via Dutra, em Pindamonhangaba, na divisa com Taubaté, estado de São Paulo, quando voltava ao Rio de Janeiro.

Legado

Francisco Alves já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Cyl Farney no filme "Chico Viola Não Morreu" (1955), Mário Gomes no filme "Tabu" (1982) , Jandir Ferrari no filme "Nelson Gonçalves" (2001)e Fernando Eiras na minisserie "Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor." (2010).

Francisco Alves
Informação geral
Nome completo Francisco de Morais Alves
Apelido
O eterno  REI da voz
Rei da Voz                           
Data de nascimento 19 de agosto de 1898
Origem Rio de Janeiro, RJ
País Brasil Brasil
Data de morte 27 de setembro de 1952 (54 anos)
Gêneros MPB
Período em atividade 1918-1952
Gravadora(s) Popular, Odeon, Parlophon, RCA Victor, Columbia, Continental
Afiliações Mário Reis

Principais sucessos

  • A Lapa, Benedito Lacerda e Herivelto Martins (1949)
  • A voz do violão, Francisco Alves e Horácio Campos (1928)
  • Aquarela do Brasil, Ary Barroso (1939)
  • Brasil, Aldo Cabral e Benedito Lacerda (1939) - duo com Dalva de Oliveira
  • Boa noite, amor, Francisco Mattoso e José Maria de Abreu (1936)
  • Cadeira vazia, Alcides Gonçalves e Lupicínio Rodrigues (1949)
  • Caminhemos, Herivelto Martins (1947)
  • Canção da criança, Francisco Alves e René Bittencourt (1952)
  • Canção do expedicionário, Guilherme de Almeida e Spartaco Rossi (1944)
  • Canta, Brasil, Alcyr Pires Vermelho e David Nasser (1941)
  • Cinco letras que choram (Adeus), Silvino Neto (1947)
  • Com pandeiro ou sem pandeiro (Eu brinco), Claudionor Cruz e Pedro Caetano (1944)
  • Confete, David Nasser e J. Júnior (1952)
  • Dá nela!, Ary Barroso (1930)
  • É Sim senhor, de Eduardo Souto.
  • Seu Doutor, de Eduardo Souto.
  • Seu julinho vem, de Freire Júnior.
  • É Sopa, é sopa, de Eduardo Souto.
  • Hino a João Pessoa, de Eduardo Souto e O. Santiago.
  • Esses moços (Pobres moços), Alcides Gonçalves e Lupicínio Rodrigues (1948)
  • Eu sonhei que tu estavas tão linda, Francisco Mattoso e Lamartine Babo (1941)
  • Falta um zero no meu ordenado, Ary Barroso e Lamartine Babo (1948)
  • Feitio de oração, Noel Rosa e Vadico (1933)
  • Fita amarela, Noel Rosa (1933) - duo com Mário Reis
  • Fracasso, Mário Lago (1946)
  • Isaura, Herivelto Martins e Roberto Roberti (1945)
  • Grau dez, Ary Barroso e Lamartine Babo (1935) - duo com Lamartine Babo
  • Malandrinha, Freire Júnior (1928)
  • Marina, Dorival Caymmi (1947)
  • Minha terra, Valdemar Henrique (1946)
  • Nervos de aço, Lupicínio Rodrigues (1947)
  • Perfídia (Perfidia), Alberto Dominguez, versão de Lamartine Babo (1941)
  • Pula a fogueira, Getúlio Marinho e João Bastos Filho (1936)
  • Que rei sou eu?, Herivelto Martins e Valdemar Resurreição (1945)
  • Quem há de dizer, Alcides Gonçalves e Lupicínio Rodrigues (1948)
  • Retrato do velho, Haroldo Lobo e Marino Pinto (1951)
  • Sandália de prata, Alcyr Pires Vermelho e Pedro Caetano (1942)
  • Se você jurar, Francisco Alves, Ismael Silva e Nilton Bastos (1931) - duo com Mário Reis
  • Serra da Boa Esperança, Lamartine Babo (1937) e (1952)
  • Valsa da despedida (Auld lang syne), Robert Burns, versão de Alberto Ribeiro e João de Barro (1941) - duo com Dalva de Oliveira

terça-feira, 27 de julho de 2010

Eliana Macedo



Eliana Macedo, nome artístico de Ely Macedo de Sousa (Itaocara, 21 de setembro de 1926 — Rio de Janeiro, 17 de junho de 1990) foi uma atriz e cantora brasileira.

Biografia

Nasceu em Portela, terceiro distrito do município de Itaocara. Seu avô incentivou filhos e netos a tocarem algum instrumento musical, formando a banda XV de novembro e tendo Eliana como intérprete da banda.
Sua primeira atuação em filmes foi no E o mundo se diverte, em 1948, sendo dirigida por Watson Macedo (seu tio) ao lado de Carlos Manga, que foi responsável pela época áurea da Atlântida Cinematográfica. Watson Macedo dirigiu Eliana por quase toda a sua vida artística. Nos filmes, em vários números musicais imitou por diversas vezes os trejeitos de Carmen Miranda.
Seu grande momento como atriz foi no filme Carnaval de fogo de 1949, em que ela fez dois papéis (de duas mulheres). Watson Macedo tinha preferência pelas atrizes Maria Della Costa e Cacilda Becker, mas os diretores da Atlântida impuseram Eliana e foi um sucesso.
Estrela das chanchada da Atlântida fez cerca de 26 filmes. Contracenou com artistas que marcaram época tais como Oscarito, Anselmo Duarte, Cyll Farney, Trio Irakitã, José Lewgoy, Grande Otelo, entre muitos outros.
Cantou, gravou e interpretou seus filmes com a Adelaide Chiozzo e seu acordeão, sobressaindo os sucessos Pedalando, de Anselmo Duarte/Bené Nunes, Bate o bombo Sinfrônio, Encosta sua cabecinha e Vem cá sabiá.
Casou-se com o pioneiro do rádio no Brasil, o radialista da rádio Nacional, do Rio de Janeiro,atual CBN, Renato Murce, em 1950, causando muitos comentários devido a grande diferença de idade.
Em 1954 foi agraciada com o Prêmio Saci - de melhor atriz, com o filme A outra face do homem; participou também do filme Malandros em Quarta Dimensão, de Luiz de Barros.
Morreu devido a um infarto.

Participação especial

Na telenovela Feijão Maravilha, contacenou com a sua amiga de chanchadas Adelaide Chiozzo, e cantavam alguns sucessos dos musicais dos filmes da Atlântida Cinematográfica = 1979 - TV Globo.

Discografia

  • Queria ser patrona/"Com pandeiro na mão" - 1953 - Discos Copacabana = 78rpm
  • Beijinho Doce/Cabeça inchada - 1954 - Discos Copacabana - 78rpm
  • Ele...ela...e o outro/Procura do samba - 1955 - gravadora Continental - 78rpm.

Filmografia

  • 1948 - E o mundo se diverte
  • 1949 - Carnaval no fogo (Marina)
  • 1950 - A sombra da outra
  • 1950 - Aviso aos navegantes (Cléia) - Anselmo Duarte entra definitivamente no cinema.
  • 1951 - Aí vem o barão (Norma)
  • 1952 - Carnaval Atlântida (Regina) - canta com Grande Otelo, a música No tabuleiro da baiana, de Ary Barroso
  • 1953 - Amei um bicheiro (Laura)
  • 1954 - A outra face do homem
  • 1954 - Malandros em quarta dimensão
  • 1954 - Nem Sansão nem Dalila (Dalila)
  • 1955 - Sinfonia Carioca (Susana)
  • 1955 - Guerra ao samba (Sonia)
  • 1956 - Vamos com calma (Sandra)
  • 1956 - Depois eu conto
  • 1957 - Doutora é muito viva
  • 1957 - Rio fantasia
  • 1957 - O barbeiro que se vira (Rosinha)
  • 1958 - E o espetáculo continua (Celinha)
  • 1958 - Alegria de viver (Elizabeth) - contracena com Augusto Cesar Vanucci
  • 1959 - Titio não é sopa
  • 1960 - Maria 38 (Maria)
  • 1960 - Samba em Brasília (Teresa) - contracena com Herval Rossano
  • 1961 - Três colegas de batina (Celina)
  • 1964 - Um morto ao telefone (Helena)
  • 1974 - Assim era a Atlântida
  • 1978 - Mulheres de cinema (curtametragem)


Anselmo Duarte


Anselmo Duarte Bento (Salto, 21 de abril de 1920 — São Paulo, 7 de novembro de 2009) foi um ator, roteirista e cineasta brasileiro. Começou no cinema como figurante no inacabado filme de Orson Welles no Brasil, "It's All True" (1942). Com "Carnaval no Fogo" (1949), produzido na Atlântida e dirigido por Watson Macedo, ele se torna um dos maiores galâs que o cinema brasileiro já teve.
Em 1951, Anselmo Duarte é contratado pela Vera Cruz, ganhando, então, o maior salário da empresa. Seu primeiro filme na companhia, como ator, foi "Tico-Tico no Fubá" (1952), sendo um grande sucesso. Estréia na direção com "Absolutamente Certo" (1957), mostrando-se ser, depois, um grande diretor de cinema.
Ganhou a Palma de Ouro e o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes em 1962 com O Pagador de Promessas, filme que também concorreu ao Oscar melhor filme estrangeiro. Também dirigiu outros clássicos do cinema nacional, como Absolutamente Certo e Vereda da Salvação, mas, devido a divergências ideológicas com a turma do Cinema Novo, sua carreira entrou em declínio.
Em 1979, fez uma participação especial na telenovela Feijão Maravilha.
Membro do júri Festival de Cannes em 1971, Duarte morreu devido a complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral, o terceiro que o acometeu, em 7 de novembro de 2009.[1]


com Eliana com quem formou o par mais lindo do cinema nacional

Atuação no cinema

(a - ator; d – diretor; r – roteirista)
  • Brasa Adormecida (1987) .... Sampaio Barroso (a)
  • Tensão no Rio (1982) (a)
  • O Caçador de Esmeraldas (1979) (r)
  • Os Trombadinhas (1979) (d)
  • Embalos Alucinantes (1978) .... Filipe (a)
  • Paranóia (1977) .... Marcelo Riccelli (a)
  • O Crime do Zé Bigorna (1977) (d, r)
  • Já Não Se Faz Amor como Antigamente (1976) .... Atílio (a, d, r)
  • Ninguém Segura Essas Mulheres (1976) (a, d, r)
  • A Casa das Tentações (1975) (a)
  • A Noiva da Noite (1974) (a)
  • O Marginal (1974) (a)
  • O Descarte (1973) (d, r)
  • Independência ou Morte (1972) .... Gonçalves Ledo (a, r)
  • Um Certo Capitão Rodrigo (1971) (d, r)
  • O Impossível Acontece (1969) (d, r)
  • Quelé do Pajeú (1969) (d, r)
  • A Madona de Cedro (1968) .... Adriano Mourão (a)
  • Juventude e Ternura (1968) .... Estênio (a)
  • O Caso dos Irmãos Naves (1967) .... comissário (a)
  • A Espiã Que Entrou em Fria (1967) (a)
  • Vereda de Salvação (1964) (d, r)
  • O Pagador de Promessas (1962) (d, r)
  • As Pupilas do Senhor Reitor (1961) .... Daniel (a, r)
  • Un rayo de luz (1960) (a)
  • O Cantor e o Milionário (1958) .... Tito Lívio (a)
  • Absolutamente Certo (1957) .... Zé do Lino (d, r, a)
  • Arara Vermelha (1957) (a)
  • Depois Eu Conto (1956) .... Zé da Bomba (a, r)
  • O Diamante (1956) (a)
  • Carnaval em Marte (1955) .... Ricardo (a, r)
  • Sinfonia Carioca (1955) .... Ricardo (a)
  • Sinhá Moça (1953) .... Rodrigo (a)
  • Veneno (1952) .... Hugo (a)
  • Apassionata (1952) .... Pedro (a)
  • Tico-Tico no Fubá (1952) .... Zequinha de Abreu (a)
  • Amei um Bicheiro (1952) (r, não creditado)
  • Maior Que o Ódio (1951) (a)
  • Aviso aos Navegantes (1950) .... Alberto (a)
  • A Sombra da Outra (1950) (a)
  • Pinguinho de Gente (1949) .... Luís Antônio (a)
  • O Caçula do Barulho (1949) (a)
  • Carnaval no Fogo (1949) .... Ricardo (a, r)
  • Terra Violenta (1948) .... Carlos (a)
  • Inconfidência Mineira (1948) (a)
  • Querida Susana (1947) (a)
  • Não Me Digas Adeus (1947) (a)

Prêmios, indicações e homenagens

  • Foi homenageado com um Grande Centro de Educação e Cultura (CEC) em Salto, "Tributo a Anselmo Duarte" (2009).
  • Convidado especial Palma de Ouro do 50º Aniversário do Festival de Cannes, na França (1997).
  • O pagador de promessas ganha cinco prêmios internacionais, com destaque para a Palma de Ouro em Cannes, França (1962).
  • Melhor Ator, por Um pinguinho de gente, Prêmio "Revista A Cena Muda", Rio de Janeiro (1949).

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Cauby Peixoto

 Cauby Peixoto em filme de Mazarropi




Cauby Peixoto Barros, ou simplesmente Cauby Peixoto (Niterói, 10 de fevereiro de 1931) é um cantor brasileiro.[1]
Voz caracterizada pelo timbre grave e aveludado, mas principalmente pelo estilo "dândi", que inclui figurinos e penteados excêntricos. Em atividade desde a década de 1940, Cauby é conhecido no meio artístico como Professor. A família tinha a música no sangue; o pai tocava violão e a mãe bandolim; os irmãos eram instrumentistas, e o tio grande pianista.
Foi considerado pelas revistas Time and Life como: O Elvis Presley brasileiro. Convidado para uma excursão aos EUA, onde gravou, com nome artístico de Ron Coby, um LP com a orquestra de Paul Weston, cantando em inglês. De volta ao Brasil, comprou, em sociedade com os irmãos, a boate carioca Drink, passando a se dedicar mais a administração da casa e interrompendo, assim, suas apresentações.
Em 1959, retornou aos EUA para uma temporada de 14 meses, durante os quais realizou espetáculos, aparições na televisão e gravou, em inglês, Maracangalha (Dorival Caymmi), que recebeu o título de I Go. Numa terceira visita aos EUA, algum tempo depois, participou do filme Jamboreé, da Warner Brothers. Durante toda a década de 1960, limitou-se a apresentações em boates e clubes.
A partir da década de 1970, fez aparições frequentes em programas de televisão no Rio de Janeiro, e pequenas temporadas em casas noturnas do Rio e de São Paulo. Em 1979 o roteiro profissional incluiu Vitória (ES) e Recife (PE), no Projeto Pixinguinha da Funarte, ao lado de Zezé Gonzaga.
Em 1980, em comemoração aos 25 anos de carreira, lançou pela Som Livre o disco Cauby, Cauby, com composições escritas especialmente para ele por Caetano Veloso (Cauby, Cauby), Chico Buarque (Bastidores), Tom Jobim (Oficina), Roberto Carlos e Erasmo Carlos (Brigas de amor) e outros. No mesmo ano, apresentou-se nos espetáculos Bastidores (Funarte, Rio de Janeiro) e Cauby, Cauby, os bons tempos voltaram, na boate Flag (SP).
Em 1982 uma temporada no 150 Nigth Club (SP), com os irmãos Moacir (piano) e Araquem (piston) e lançou o LP Ângela e Cauby, o primeiro encontro dos dois cantores em disco, com sucessos como Começaria tudo outra vez (Gonzaguinha), Recuerdos de Ipacaray (Z. de Mirkin e Demetrio Ortiz) e a valsa Boa-noite, amor (José Maria de Abreu e Francisco Matoso).
Em 1989, os 35 anos de carreira foram comemorados no bar e restaurante A Baiuca (São Paulo), ao lado dos irmãos Moacir, Araquem, Iracema e Andiara (vozes). No mesmo ano, a RGE relançou o LP Quando os Peixotos se encontram, de 1957. Em 1993 foi o grande homenageado, ao lado de Ângela Maria, no Prêmio Sharp. Foi lançada pela Columbia caixa com 2 CDs abrangendo as gravações de 1953 a 1959, com sucessos como Conceição entre outros. Atualmente, apresenta-se nas noites de segunda-feira no Bar Brahma, tradicional templo da boemia paulistana, localizado na mais famosa esquina brasileira (av. Ipiranga com São João, em São Paulo, Brasil), em temporada que já dura há mais de dois anos, com ingressos concorridos.


 Cauby Peixoto  e Angela Maria formavam o par mais famosos da  
época de 50 a 70  juntamente com Marlene e Hemilinha Borba na 
Radio Nacional os sows eram deles

Ângela Maria

 Angela Maria - Mentindo

Ângela Maria, nome artístico de Abelim Maria da Cunha (Conceição de Macabu, 13 de maio de 1928) é uma cantora brasileira.  
Começou cantando em coro de Igreja. Enquanto trabalhava numa fábrica de lâmpadas, participava, às escondidas, de programas de calouros. Adotou o nome de Ângela Maria para não ser identificada pela família. Como ganhava todos os concursos, foi cantar no famoso Dancing Avenida e depois na rádio Mayrink Veiga. Em 1951 gravou o primeiro disco. Veio assim o sucesso que sempre a acompanhou. Atuou em cinema, no longa-metragem Portugal, Minha Saudade (1973).
Ângela Maria consagrou-se como uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção (surgido na década de 1930), ao lado de Maysa, Nora Ney e Dolores Duran.
Gravou dezenas de sucessos como Não Tenho Você, Babalu, Cinderela, Moça Bonita, Vá, mas Volte, Garota Solitária, Falhaste coração, Canto paraguaio, A noite e a despedida, Gente humilde, Lábios de mel, etc.
Em 1996, foi contratada pela gravadora Sony Music e lançou o CD Amigos, com a participação de vários artistas como Roberto Carlos, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, entre outros. O trabalho foi um sucesso, celebrado num espetáculo no Metropolitan, atual Claro Hall (Rio de Janeiro), e um especial na Rede Globo. O disco vendeu mais de 500 mil cópias.
Foi uma fase muito feliz da carreira da cantora que, no ano seguinte, apresentou o álbum Pela Saudade que Me Invade, com sucessos de Dalva de Oliveira, e um ano depois gravou, com Agnaldo Timóteo, o CD Só Sucessos, também na lista dos cem álbuns nacionais mais vendidos. Após a saída da Sony, Ângela voltou a gravar em 2003, desta vez pela Lua Discos, o Disco de Ouro, com um viés eclético, abrangendo compositores que vão de Djavan a Dolores Duran.

"Menina, você tem a voz doce e a cor do sapoti".
Getúlio Vargas

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Greta Garbo

Greta Garbo, nome artístico de Greta Lovisa Gustafson, (Estocolmo, 18 de Setembro de 1905 — Nova Iorque, 15 de Abril de 1990) foi uma atriz sueca. Com seu talento e aura de mistério, tornou-se uma das mulheres mais fascinantes da história do cinema.

"Katha" (1905-1921)             Tributo a Greta Garbo

Greta Garbo in Meyers Blitz-Lexikon 1932.jpg
Greta Lovisa Gustafson era a mais nova dos três filhos de Anna Lovisa Johansson (1872–1944) e Karl Alfred Gustafson (1871–1920). Seus irmãos, Sven (1898-1967) e Alva Gustafson (1902-1926) também tentaram seguir carreira artística, mas nenhum deles foi tão bem sucedido quanto a irmã mais nova.
Katha (pronuncia-se "kêta") era a forma como sua família e amigos a chamavam na infância e adolescência, porque era assim que Greta Gustafson pronunciava seu próprio nome quando começou a falar.
Após a morte do pai, em 1920, de nefrite, Greta Gustafson decidiu - ou a mãe decidiu por ela - que deixaria a escola. Aos quatorze anos, entrou no mercado de trabalho. O primeiro emprego que conseguiu foi como tvålflicka (que significa "moça do creme de barba") numa barbearia na rua Horn; poucas semanas depois, transferiu-se para uma loja maior, na rua Göta, com salário de quatro coroas por semana (cerca de um dólar), mais gorjetas.
As primeiras incursões de Greta no cinema foram em filmes publicitários para lojas de Estocolmo, entre elas a loja de departamentos sueca Paul U. Bergstrom (PUB), na Hötorget Plaza, em 1921, onde trabalhava na seção de chapelaria (emprego arrumado por sua irmã, Alva, que era amiga de uma funcionária da loja). No ano seguinte, ela foi garota-propaganda de um filme publicitário de produtos de padaria da Associação Cooperativa dos Consumidores de Estocolmo. Ambos os filmes foram dirigidos pelo "capitão" Ragnar Ring (1882-1956), ex-oficial da cavalaria e escritor contratado pela PUB para fazer comerciais da linha de roupas femininas.
Como ou porque isso ajudaria a vender roupas da PUB e pães é um mistério, mas o senso de humor sueco é bastante peculiar e, na estrutura simples desses filmes, Greta conseguiu ser engraçada e se fazer notar. E foi assim que a grande atriz trágica estreou, como comediante, no cinema.

Ensaio para o estrelato (1922-1925)

Bm garbo 2001.jpg
Durante dois anos (1922-1924), Greta Gustafson estudou arte dramática na Academia Real de Teatro Dramático (Kungliga Dramatiska Teatern), quando foi descoberta pelo diretor finlandês Mauritz Stiller (1883-1928), que a partir de então passou a desempenhar a função de segundo pai para a jovem Greta. Apesar de todas as parcerias que ambos tencionavam fazer, Greta e Stiller só fizeram um único filme juntos: A Lenda de Gösta Berling 1924.
Stiller levou Greta para filmar na Alemanha. Lá, ela chamou a atenção do expressionista alemão Georg Wilhelm Pabst (1865-1967), que a convidou a participar do seu próximo filme, A Rua das Lágrimas 1925.
Louis B. Mayer (1885-1957), poderoso magnata do cinema que comandava a MGM na época, ficou encantado com a performance da jovem atriz sueca no filme A Lenda de Gösta Berling, e ofereceu a ela e ao seu mentor, Mauritz Stiller, um contrato para irem trabalhar em Hollywood.
Foi por volta de 1924 que Greta Gustafson se transformou em Greta Garbo. Existem pelo menos cinco versões de como isso aconteceu: a mais absurda diz que o nome "Garbo" é derivado da palavra polonesa wygarbowac (que significa "curtir couro"), supostamente uma concessão ao desejo de Stiller de moldar seu invólucro psíquico. A alegação de que seu nome tinha que ser mudado a fim de que coubesse nos letreiros é igualmente lendária: o comprimento do sobrenome não atrapalhou atores como Sixten Malmerfeldt ou Jenny Öhrström-Ebbesen. Em todo caso, a Suécia tinha poucos letreiros do tipo hollywoodiano nessa época.
O mais plausível é o relato segundo o qual Stiller queria seguir o modelo do seu filme Erotikon 1920, com algo similar para o lugar de "Tora Teje", que era um nome de heroína "moderno, elegante e internacional, [e] pronunciado com clareza tanto em Londres e Paris quanto em Budapeste ou Nova Iorque". Seu roteirista-assistente, Arthur Nordén, sugeriu "Mona Gabor", derivado de Gábor Bethlen, um rei húngaro do século XVII. Stiller gostou, mas continuou experimentando variações: Gábor, Gabôr, Gabro... Garbo! Tora Teje foi logo abandonado, mas quando Greta Gustafson lhe veio à cabeça, percebeu que o nome dela combinava perfeitamente com o sobrenome que tinha em mente.
A etimologia mais romântica sustenta que garbo era uma antiga palavra norueguesa que significa "ninfa do bosque" ou "fada da floresta", e que Stiller a escolheu para que significasse "um ser misterioso que surge à noite para dançar à luz da lua". Há de fato uma antiga palavra nórdica, gardbo, que significa "guardião da fazenda", mas garbo não significa nada em sueco. Tem significado nas línguas românicas, das quais Stiller e Garbo eram completamente ignorantes. Alguns alegam que Stiller conhecia o termo musical italiano con garbo ("com graça"), ou a definição similar em espanhol, "postura graciosa", freqüentemente aplicada aos toureiros.
E não se descarta a hipótese de Mimi Pollak (1903-1999, colega de Garbo dos tempos da Academia Real de Teatro Dramático), de que ela e Greta, não Stiller, inventaram "Garbo". De acordo com Pollak, a própria Greta sentiu que Gustafson era muito comprido e comum para um nome artístico. Consultou Mimi, que conhecia um escrivão do Ministério da Justiça, onde um dia examinaram milhares de nomes. Gostaram de "Gar" para começar e se agradaram do final "bo" de um outro nome.
Em 9 de fevereiro de 1951, Greta Garbo compareceu com mais 150 pessoas ao Bureau de Imigração e Naturalização de Nova Iorque, onde fez o juramento de lealdade para se tornar cidadã americana, numa época em que seus novos compatriotas a viam, ou sua presença nos filmes, como anacrônica.

Lápide de Greta Garbo no cemitério Skogskyrkogården, em Estocolmo.
Viveu as últimas cinco décadas de sua vida reclusa em seu apartamento de sete quartos na East Side, rua 52, nº 450, em Nova Iorque, evitando a todo custo qualquer tipo de contato com a imprensa, por mínimo que fosse.
À medida que a velhice chegava (aliada ao insistente hábito de fumar, que tinha desde os 12 anos), o organismo de Greta Garbo ia ficando cada vez mais frágil. O último sucesso na eterna luta de Garbo por privacidade foi manter a imprensa no escuro acerca de suas doenças - inclusive de que fez uma mastectomia em 1984. Também manteve longe do público o fato de ter sofrido um ataque cardíaco brando, em agosto de 1988, na Suíça. Em junho de 1989, sua sobrinha Gray Reisfield (1932-) contratou um serviço de limousine de Nova Iorque para levá-la para fazer diálise no Rogosin Institute do Hospital de Nova Iorque três vezes por semana, durante seis horas exaustivas. Tinha um problema sério nos rins e outros relatórios acusavam uma doença gastrointestinal, diverticulite, além de insuficiência renal. Os rins e o estômago enfraqueciam rapidamente. Às vezes ficava sob os cuidados de sua amiga Jane Gunther, no apartamento dela.
Quatro dias depois de ser internada no New York Hospital, na rua 66, por causa de uma pneumonia, Greta Lovisa Gustafson morreu às 11h30 da manhã do dia 15 de abril de 1990, domingo de Páscoa. Cinco dias depois, era cinzas, e o lugar em que estavam as cinzas ficou em segredo durante algum tempo, até serem transferidas definitivamente para Estocolmo, onde foram depositadas no cemitério Skogskyrkogården.
Incluindo as obras de arte, o valor total das posses de Garbo, conforme o arquivo da Corte Testamentária do Condado de Nova Iorque, no dia 21 de fevereiro de 1991, era de 32.042.429,02 dólares, e foram herdadas por sua sobrinha Gray Reisfield, filha de seu irmão Sven.

Prêmios e indicações

Greta Garbo foi indicada quatro vezes ao Oscar de Melhor Atriz:

    • Em 1930, pelos filmes Anna Christie e Romance (o que dividiu os votos e deu a vitória a Norma Shearer);
    • Em 1937, por A Dama das Camélias (mas pela segunda vez, Luise Rainer levou a estatueta, naquele ano por Terra dos Deuses);
    • E em 1939, pela comédia Ninotchka.
Em 1935, foi premiada pela Associação dos Críticos de Cinema de Nova Iorque por sua atuação em Anna Karenina; dois anos depois, em 1937, recebeu o mesmo prêmio, dessa vez por A Dama das Camélias.
Em 1954, Hollywood fez uma reavaliação tardia do talento de Garbo e, num ato de contrição pela negligência no passado, a Academia lhe conferiu um Oscar especial pelo conjunto da obra. Como era de se esperar, a reclusa Garbo não compareceu à cerimônia para receber a estatueta, cabendo a Nancy Kelly receber o Oscar por ela.

Legado

Greta Garbo foi uma das atrizes mais influentes de sua época (se não tiver sido a mais influente de todas do século XX). Outras atrizes de peso da época, como Marlene Dietrich, Tallulah Bankhead, Joan Crawford, Katharine Hepburn, Bette Davis e Mae West, declaravam ser grandes admiradoras do trabalho e da personalidade de Garbo, e se inspiravam em seu visual simples, elegante e ligeiramente masculinizado (como bem exemplifica uma matéria publicada pela revista Vanity Fair em novembro de 1932), que virou moda nos anos 30.
Em 1990, ano de sua morte, ela foi homenageada por Madonna em seu hit Vogue. Greta Garbo encabeça a lista de personalidades hollywoodianas que Madonna cita na música em questão.
Quatro anos antes, em 1986, Greta Garbo já havia sido homenageada pela cantora francesa Mylène Farmer, que gravou uma música chamada Greta para o seu álbum de estréia, Cendres de lune.
Além de Madonna e Mylène Farmer, outros artistas também homenagearam Greta Garbo com músicas: a banda 3 Cold Man com a canção "My Greatest Greta", de 2007; a banda Falco, com uma música denominada simplesmente "Garbo"; e o cantor country Van Morrison no seu álbum de 2005, Magic Time, com a canção "Just Like Greta".
O cantor português Quim Barreiros cantou em 1992 uma música intitulada "A Grande Estrela", onde faz um piada brejeira de duplo sentido com o primeiro nome da atriz (Greta).
Um fato digno de nota é que Garbo é a única entre as grandes deusas do cinema que nunca inspirou uma boa atuação travesti. Segundo os críticos, "a feminilidade dela é singular demais para ser imitada. É realmente hermafrodítica, com uma frieza de sereia".

Filmografia

Filmes mudos

  • 1920 - Mr. and Mrs. Stockholm - filme publicitário
  • 1921 - O Cavaleiro Feliz (A Happy Knight)
  • 1921 - Como Não Se Vestir (How Not to Dress) - filme publicitário
  • 1922 - O Pão Nosso de Cada Dia (Our Daily Bread) - filme publicitário
  • 1922 - Pedro, O Vagabundo (Luffar-Petter)
  • 1922 - A Scarlett Angel (O Anjo Escarlate) - Greta aparece apenas como extra.
  • 1924 - A Lenda de Gösta Berling (Gösta Berling's Saga)
  • 1925 - A Rua das Lágrimas (Die Freudlose Gasse)
  • 1926 - Os Proscritos (Torrent)
  • 1926 - Terra de Todos (The Temptress)
  • 1927 - A Carne e o Diabo (Flesh and the Devil)
  • 1927 - Love
  • 1928 - Mulher Divina (The Divine Woman)
  • 1928 - Bela e Misteriosa (The Misterious Lady)
  • 1928 - Mulher de Brios (A Woman of Affairs)
  • 1929 - Orquídeas Selvagens (Wild Orchids)
  • 1929 - O Direito de Amar (The Single Standard)
  • 1929 - Os Homens (A Man's Man) - breve aparição ao lado de John Gilbert e do diretor Fred Niblo, interpretando a si mesma.
  • 1929 - O Beijo (The Kiss)

Filmes sonoros

  • 1930 - Anna Christie
  • 1930 - Anna Christie (versão alemã)
  • 1930 - Romance
  • 1931 - Inspiração (Inspiration)
  • 1931 - Susan Lenox (Susan Lenox: Her Fall and Rise)
  • 1931 - Mata Hari
  • 1932 - Grande Hotel (Grand Hotel)
  • 1932 - Como Me Queres (As You Desire Me)
  • 1933 - Rainha Cristina (Queen Christina)
  • 1934 - O Véu Pintado (The Painted Veil)
  • 1935 - Anna Karenina
  • 1936 - A Dama das Camélias (Camille)
  • 1937 - Madame Waleska (Conquest)
  • 1939 - Ninotchka

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