Charlton Heston, nome artístico de John Charles Carter, (Evanston, 4 de outubro de 1923 — Beverly Hills, 5 de abril de 2008) foi um ator norte-americano notabilizado no cinema por papéis heróicos em superproduções da época de ouro de Hollywood, como Moisés de Os Dez Mandamentos, Judah Ben-Hur de Ben-Hur e o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme homônimo.
Nascido no estado de Illinois, viu seus pais se divorciarem quando tinha dez anos; com o segundo casamento de sua mãe com Chester Heston, a família se mudou para um subúrbio de Chicago e ele adotou o nome do padrasto. Na escola secundária, Charlton se envolveu com a cadeira de artes dramáticas e teve um resultado tão bom que recebeu uma bolsa em drama para cursar a universidade.
Em 1944 ele deixou os estudos e se alistou na força aérea do exército, onde serviu como operador de rádio de bombardeiros B-25 nas Ilhas Aleutas durante a Segunda Guerra Mundial, atingindo a patente de sargento e onde se casou com uma colega de faculdade.
Após a guerra, o casal voltou para Nova Iorque onde ele iniciou uma carreira de ator em teatro e começou a aparecer em papéis históricos como Macbeth e Marco Antônio & Cleópatra. Já usando o prenome de Charlton, ele fez seu primeiro papel no cinema em Dark City, em 1950, recebendo reconhecimento por sua atuação e chamando a atenção para seu porte.
Morreu em 5 de Abril de 200 em sua residência de Beverly Hills, em Los Angeles, aos 84 anos. Sofria desde 2002 de uma doença degenerativa com sintomas similares aos do Mal de Alzheimer.
Foi um dos melhores ator de Hoollywood e respeitado
Os Dez Mandamentos, de 1956, marcou sua imagem como Moisés e a partir dele todos os grandes papéis heróicos e históricos encontraram Heston para representá-los. Nos anos 50 e 60, ele filmou sucessos como 55 Dias em Pequim, El Cid, Agonia e Êxtase e Ben Hur, entre outros, recebendo o Oscar de melhor ator pelo último, um dos onze recebidos pelo filme, que se manteve solitariamente como o mais premiado pela Academia em todos os tempos até ser igualado em 1997 por Titanic e em 2003 por O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei.
Em 1958, num trabalho diferente dos papéis históricos pelo qual ficaria marcado, fez um dos mais elogiados filmes de Orson Welles, A Marca da Maldade, mostrando sua capacidade de trabalhos mais artísticos em filmes menores.
A virada dos anos 60 para os 70 veria os últimos sucessos de público, e alguns de crítica, de Heston, já então um quase um cinquentão e com a imagem ligada aos anos 50, numa época em que a contracultura e uma nova linguagem tomavam conta do cinema, trazendo com ela atores mais jovens para os principais filmes como Warren Beatty, Dustin Hoffman e Robert Redford. Filmes de ficção científica e de grandes desastres, então em moda no cinema, ainda mantiveram Heston junto do topo nesta época: O Planeta dos Macacos (1968), A Última Esperança da Terra (1971), No Mundo de 2020 (1972) e Terremoto (1974).
A partir daí os grandes papéis começaram a escassear e Heston passou a trabalhar em papéis coadjuvantes e pequenas aparições. Sua imensa popularidade nos Estados Unidos porém não diminuiu, e ele fez diversos papéis nos anos seguintes em filmes para tv e atuou em diversos filmes como narrador, sendo uma das vozes mais requisitadas do cinema. Em 2001, fez sua mais notada participação em muitos anos, na refilmagem de O Planeta dos Macacos, de Tim Burton, como um velho macaco pai do vilão do novo filme.
No passado Charlton Heston era um liberal democrata e fazia campanhas para candidatos à presidência como Adlai Stevenson e John Kennedy. Ativista pelos direitos civis aos negros, ele acompanhou Martin Luther King durante a Marcha pelos direitos civis a Washington, em 1963, chegando a usar uma faixa onde se lia “Todos os homens nascem iguais”.
Em 1968, após o assassinato do senador Robert Kennedy, ele apareceu num programa da tv americana junto com Gregory Peck e Kirk Douglas pedindo apoio para o presidente Lyndon Johnson e sua tentativa de aprovar no Congresso o Ato a favor do controle de armas nos EUA. Anos mais tarde ele diria que nesta ocasião era jovem e tinha sido bobo e tolo.
Heston também ficou conhecido com um oponente do macartismo e da segregação racial nos Estados Unidos, que, segundo ele, apenas ajudavam a causa do comunismo mundial, além de ter sido um grande crítico de Richard Nixon, que considerava um desastre.
Entretanto, a partir dos anos 80, Heston passou a ostentar posições mais conservadoras, trocando seu registro eleitoral do Partido Democrata para o Partido Republicano, apoiando o direito às armas de fogo e fazendo campanha para Ronald Reagan e os dois presidentes Bush.
Em 1998 se tornou presidente da National Rifle Association (NRA), a poderosa entidade civil que luta para que seja mantido o direito do cidadão de comprar e portar armas de fogo nos Estados Unidos e da qual era membro honorário vitalício. Como seu porta-voz entre 1998 e 2003, ficou conhecido no país por fazer discursos radicais contra a extinção da segunda emenda da constituição que dá este direito aos cidadãos há mais de duzentos anos, além de se posicionar publicamente contra o aborto, legal nos EUA.
Nascido no estado de Illinois, viu seus pais se divorciarem quando tinha dez anos; com o segundo casamento de sua mãe com Chester Heston, a família se mudou para um subúrbio de Chicago e ele adotou o nome do padrasto. Na escola secundária, Charlton se envolveu com a cadeira de artes dramáticas e teve um resultado tão bom que recebeu uma bolsa em drama para cursar a universidade.
Em 1944 ele deixou os estudos e se alistou na força aérea do exército, onde serviu como operador de rádio de bombardeiros B-25 nas Ilhas Aleutas durante a Segunda Guerra Mundial, atingindo a patente de sargento e onde se casou com uma colega de faculdade.
Após a guerra, o casal voltou para Nova Iorque onde ele iniciou uma carreira de ator em teatro e começou a aparecer em papéis históricos como Macbeth e Marco Antônio & Cleópatra. Já usando o prenome de Charlton, ele fez seu primeiro papel no cinema em Dark City, em 1950, recebendo reconhecimento por sua atuação e chamando a atenção para seu porte.
Morreu em 5 de Abril de 200 em sua residência de Beverly Hills, em Los Angeles, aos 84 anos. Sofria desde 2002 de uma doença degenerativa com sintomas similares aos do Mal de Alzheimer.
Foi um dos melhores ator de Hoollywood e respeitado
Cinema
Em 1952, o filme O Maior Espetáculo da Terra, superprodução de Cecil B. DeMille ambientada no mundo do circo, transformou Heston numa estrela de primeira grandeza do cinema. A partir dali, seu porte ereto, sua altura e o perfil musculoso, lhe dariam os papéis mais simbólicos nas superproduções dos anos 50 do cinema norte-americano.Em 1958, num trabalho diferente dos papéis históricos pelo qual ficaria marcado, fez um dos mais elogiados filmes de Orson Welles, A Marca da Maldade, mostrando sua capacidade de trabalhos mais artísticos em filmes menores.
A virada dos anos 60 para os 70 veria os últimos sucessos de público, e alguns de crítica, de Heston, já então um quase um cinquentão e com a imagem ligada aos anos 50, numa época em que a contracultura e uma nova linguagem tomavam conta do cinema, trazendo com ela atores mais jovens para os principais filmes como Warren Beatty, Dustin Hoffman e Robert Redford. Filmes de ficção científica e de grandes desastres, então em moda no cinema, ainda mantiveram Heston junto do topo nesta época: O Planeta dos Macacos (1968), A Última Esperança da Terra (1971), No Mundo de 2020 (1972) e Terremoto (1974).
A partir daí os grandes papéis começaram a escassear e Heston passou a trabalhar em papéis coadjuvantes e pequenas aparições. Sua imensa popularidade nos Estados Unidos porém não diminuiu, e ele fez diversos papéis nos anos seguintes em filmes para tv e atuou em diversos filmes como narrador, sendo uma das vozes mais requisitadas do cinema. Em 2001, fez sua mais notada participação em muitos anos, na refilmagem de O Planeta dos Macacos, de Tim Burton, como um velho macaco pai do vilão do novo filme.
] Política
Em 1968, após o assassinato do senador Robert Kennedy, ele apareceu num programa da tv americana junto com Gregory Peck e Kirk Douglas pedindo apoio para o presidente Lyndon Johnson e sua tentativa de aprovar no Congresso o Ato a favor do controle de armas nos EUA. Anos mais tarde ele diria que nesta ocasião era jovem e tinha sido bobo e tolo.
Heston também ficou conhecido com um oponente do macartismo e da segregação racial nos Estados Unidos, que, segundo ele, apenas ajudavam a causa do comunismo mundial, além de ter sido um grande crítico de Richard Nixon, que considerava um desastre.
Entretanto, a partir dos anos 80, Heston passou a ostentar posições mais conservadoras, trocando seu registro eleitoral do Partido Democrata para o Partido Republicano, apoiando o direito às armas de fogo e fazendo campanha para Ronald Reagan e os dois presidentes Bush.
Em 1998 se tornou presidente da National Rifle Association (NRA), a poderosa entidade civil que luta para que seja mantido o direito do cidadão de comprar e portar armas de fogo nos Estados Unidos e da qual era membro honorário vitalício. Como seu porta-voz entre 1998 e 2003, ficou conhecido no país por fazer discursos radicais contra a extinção da segunda emenda da constituição que dá este direito aos cidadãos há mais de duzentos anos, além de se posicionar publicamente contra o aborto, legal nos EUA.
Charlton Heston | |
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Nome completo | John Charles Carter |
Nascimento | 4 de Outubro de 1923 Evanston, EUA |
Falecimento | 5 de abril de 2008 (84 anos) Beverly Hills, EUA |
Ocupação | Ator |
Cônjuge | Lydia Clarke (1944-2008) |
Trabalhos notáveis |
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Óscares da Academia | |
Melhor Ator 1959 Ben-Hur Jean Hersholt Humanitarian Award 1978 por contribuições com programas humanitários | |
Prémios Golden Globe | |
Cecil B. DeMille Award 1967 Lifetime Achievement | |
SAG Awards | |
Screen Actors Guild Life Achievement Award 1972 Lifetime Achievement | |
Outros prêmios | |
1956 - Golden Apple Awards (ator mais cooperativo) 1975 - Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films (prêmio especial) Calçada da Fama - Motion PictureAt 1620 Vine Street. |