quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tyrone Power

Tributo a Tyrone Power

Tyrone Edmund Power, Jr. (5 de maio de 1914 – 15 de novembro de 1958), 
o geralmente sob o nome Tyrone Power e conhecido, algumas vezes, como "Ty Power", foi um ator de cinema e de teatro estadunidense, que atuou em diversos filmes entre os anos 30 e 50, em papéis de capa-e-espada ou personagens românticos, como em The Mark of Zorro, Blood and Sand, The Black Swan, Prince of Foxes, The Black Rose, e Captain from Castile.
Nos anos 50, Power limitou seus papéis no cinema, para dedicar algum tempo ao teatro. Sua grande chance teatral surgiu com John Brown's Body (poema) e com a peça Mister Roberts. Power morreu de um infarto agudo do miocárdio, aos 44 anos.
Tyrone Power foi para Hollywood em 1936, e assinou contrato com a 20th Century-Fox. No entanto, não foi reconhecido seu talento por algum tempo, e teve uma falsa esperança quando foi escalado para Sing Baby Sing, a pedido de Alice Faye, uma estrela do estúdio. O diretor, Sidney Lanfield, não reconheceu seu potencial e o tirou do elenco do filme, alegando que ele nunca se tornaria um ator. Faye interveio novamente, e convenceu o estúdio a lhe dar uma chance. Conseguiu um pequeno papel em Girls' Dormitory, e nesse filme conquistou várias fãs, entre elas Hedda Hopper. Posteriormente, Power fez um papel maior em Ladies in Love, que estrelava Janet Gaynor, Constance Bennett e Loretta Young. Ao perceber que a 20th Century-Fox não o considerava entre suas opções, Tyrone Power foi ao escritório do diretor, Henry King, para l
insistiu para que fizesse um teste para Lloyd's of London, um papel que já era de Don Ameche. A despeito das reservas de Darryl F. Zanuck, foi decidido dar a Power o papel no filme, o qual era dirigido por Henry King, e a editora da Fox, Barbara McLean, convenceu-o de que Power tinha mais presença em cena do que Don Ameche. Ele foi para a estréia do filme como um desconhecido, e saiu como uma estrela, inciando aí seu sucesso cinematográfico.                              


Tyrone Power em um trailer de Marie Antoinette (1938)
Tyrone Power esteve em evidência de 1936 até 1943, quando sua carreira foi interropida para o serviço militar. Nessa época, estrelou comédias românticas:Thin Ice e Day-Time Wife; dramas: Suez, Blood and Sand, Son of Fury: The Story of Benjamin Blake,The Rains Came e In Old Chicago; musicais: Alexander's Ragtime Band, Second Fiddle e Rose of Washington Square; western: Jesse James (1939) e Brigham Young; filmes de Guerra: Yank in the R.A.F. e This Above All; capa-e-espada: The Mark of Zorro e The Black Swan. Jesse James foi um grande sucesso, mas recebeu muitas críticas pela glamurização do famoso fora-da-lei. O filme foi feito em torno de Pineville, Missouri, e foi o primiro filme Technicolor de Power. Em sua carreira, fez 16 filmes em cores, incluindo o que estava fazendo quando morreu. Foi emprestado uma vez, para a MGM, para fazer Marie Antoinette (1938). Zanuck ficou irritado porque a MGM usou a maior estrela da Fox em um papel secundário, e nunca mais o emprestou. Power foi aventado para o papel de Ashley Wilkes em Gone with the Wind, Joe Bonaparte em Golden Boy[5], Paris em King's Row; além disso, Harry Cohn o convidou para diversos filmes [6]; e esteve nos planos de Norma Shearer para a produção de The Love of the Last Tycoon[7].
Power foi considerado a segunda maior bilheteria de 1939, só superado por Mickey Rooney[8].

Anos 40

Em 1940, a carreira de Tyrone Power tomou uma direção dramática, quando o filme The Mark of Zorro foi realizado. Power fez o papel de Don Diego Vega, durante o dia, e de Zorro, durante a noite. O papel fora feito, anteriormente, por Douglas Fairbanks, em 1920, num filme com o mesmo título. A atuação de Power foi excelente, e a 20th Century Fox colocou-o no elenco em filmes de capa-e-espada nos anos seguintes. Power foi um excelente espadachim, e a cena do duelo em The Mark of Zorro é considerada uma das melhores da história do cinema. O grande espadachim de Hollywood, Basil Rathbone, que atuou com ele em The Mark of Zorro, comentou: "Power was the most agile man with a sword I’ve ever faced before a camera. Tyrone could have fenced Errol Flynn into a cocked hat".
A despeito de se manter ativo no cinema fazendo filmes para a 20th Century-Fox, Tyrone Power dedicou um tempo ao rádio e ao teatro. Ele atuou com sua esposa, Annabella, em diversos programas de rádio, incluindo as peças Blood and Sand, The Rage of Manhattan e Seventh Heaven; também atuou com ela na peça Liliom, em Country Playhouse, Westport, Connecticut, em 1941. Trabalhou também ao lado de Humphrey Bogart, Jeanne Crain, Loretta Young, Alice Faye e Al Jolson.
A carreira de Tyrone Power foi interrompida em 1943, para o serviço militar. Ele entrou para os U.S. Marines em 1942, mas quando voltou, foi requisitado pela 20th Century-Fox para completar mais um filme, Crash Dive, em 1943, um patriótico filme de guerra. Ele foi creditado como Tyrone Power, U.S.M.C.R., e o filme serviu, como muitos da época, para o recrutamento de soldados para a guerra.

Com Maureen O'Hara no trailer de The Black Swan (1942)
Anne Baxter foi uma das atrizes que atuou com ele no cinema e no teatro. Em 1946, contracenou com Gene Tierney e Anne Baxter em The Razor's Edge, uma adaptação da novela homônima de W. Somerset Maugham.
Seu próximo trabalho foi o film noir Nightmare Alley (1947); Darryl F. Zanuck estava relutante em permitir que Power fizesse o filme, pois sua aparência marcante e charme eram usados como marketing pelo estúdio, e Zanuck temia que o papel sombrio pudesse prejudicar a imagem de Power. Zanuck acabou aceitando, mas dispensou para um “filme A” os recursos que normalmente daria a um filme B. O filme foi dirigido por Edmund Goulding, e, apesar de ter morrido na bilheteria (Zanuck não fez publicidade e o removeu do lançamento), Power recebeu as mais favoráveis críticas de sua carreira. O filme foi lançado em DVD em 2005, após muitos anos de batalha legal, e Power novamente recebeu opiniões favoráveis dos críticos do século XXI.
A incursão de Power no drama foi curta, e ele em seguida convidado para o filme Captain from Castile, dirigido por Henry King, que dirigiu Tyrone Power em onze filmes. Após fazer as comédias românticas That Wonderful Urge (com Gene Tierney, seu par em The Razor's Edge) e The Luck of the Irish (1948) (com Anne Baxter), Power voltou ao capa-e-espada, em The Black Rose e Prince of Foxes.

Power como o acusado de assassinato, na adaptação de 1957 do romance de Agatha Christie, Witness for the Prosecution
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Em 1956, ano em que a Columbia lançou The Eddy Duchin Story, outro grande sucesso, Power retorna à Inglaterra para o papel de Dick Dudgeon, em The Devil's Disciple, de George Bernard Shaw, por uma semana no Manchester Opera House, em Manchester, e nove semanas no Winter Garden, em Londres.
Seu antigo chefe, Darryl F. Zanuck, persuadiu-o a atuar em The Sun Also Rises (1957), adaptado do romance de Ernest Hemingway, que foi lançado no mesmo ano que Abandon Ship e Rising of the Moon (apenas narrador), de John Ford. O último filme de Tyrone Power é também um dos seus papéis mais esquecidos, o do acusado de assassinato Leonard Vole, no filme baseado no romance de Agatha Christie, Witness for the Prosecution, dirigido por Billy Wilder. O crítico de The National Post, Robert Fulford, comentou sua atuação como “soberba”, e Power como "the seedy, stop-at-nothing exploiter of women"[9], contrastando com os capa-e-espada e os papéis românticos anteriormente intepretados. O filme foi bem recebido e foi um sucesso de bilheteria.
Power voltou ao teatro em março de 1958, para a adaptação de Arnold Moss para a peça de George Bernard Shaw, Back to Methuselah, de 1921. Em setembro de 1958, Tyrone Power foi para Madrid e Valdespartera, na Espanha, para o filme épico “Solomon and Sheba”, dirigido por King Vidor. Ele filmara já 75% do roteiro quando teve um infarto agudo do miocárdio, enquanto estava filmando uma cena de duelo com seu amigo, George Sanders, e morreu a caminho do hospital. Yul Brynner ficou com o papel de Salomão, e a edição usou várias das cenas de luta que Power havia filmado; um observador mais atento pode vê-lo em algumas das cenas, durante o duelo.
O último filme de Tyrone Power pode ter sido um filme familiar, com a espada na mão. Ele é, talvez, mais lembrado como um espadachim. O diretor Henry King comentou que opovo sempre lembraria dele com uma espada na mão: "People always seem to remember Ty with sword in hand, although he once told me he wanted to be a character actor. He actually was quite good – among the best swordsmen in films"[10].

Vida pessoal

Tyrone Power casou com a atriz francesa Annabella (nascida Suzanne Georgette Charpentier) em abril de 
1939
O relacionamento extraconjugal com Judy Garland pode ter contribuído para o fim do casamento
 Após a separação de Annabella, Power teve um relacionamento com Lana Turner. 

Power e Christian casaram em 27 de janeiro de 1949, na igreja Santa Francesca, com 8 a 10 mil fãs do lado de fora. Christian abortou três vezes, até dar a luz a uma menina, Romina Francesca Power, em 2 de outubro de 1951. Uma segunda filha, Taryn Stephanie Power, nasceu em 13 de setembro de 1953. Na época do nascimento de Taryn, o casamento acabou. Em sua autobiografia, Christian declarou qe o casamento acabara devido aos relacionamentos extraconjugais do marido. Christian teve também um relacionamento, com Edmund Purdom, que criou tensão entre ela e o marido, e se divorciaram em 1955[11]
 Após o divórcio, Power teve um longo relacionamento com Mai Zetterling[12], que conhecera no set de Abandon Ship, além de um relacionamento com a atriz britânica Thelma Ruby[13]. Em 1957, no entanto, ele conheceu Deborah Ann Montgomery Minardos; casaram em 7 de maio de 1958, e ela logo engravidou. Deborah o acompanhou a Madrid em setembro de 1958, para a filmagem de Solomon and Sheba. Ela estava preocupada com seus problemas cardíacos, mas ele estava envolvido demais com o filme. Em 15 de novembro de 1958, durante a filmagem de uma cena de duelo, ele teve um infarto agudo do micárdio, e morreu. Seu filho, Tyrone Power IV, nasceu em 22 de Janeiro de 1959.

Premiações

Tyrone Power foi homenageado com a impressão de suas mãos e pés na calçada do Grauman's Chinese Theatre em 31 de maio de 1937. Foi homenageado ao lado de Loretta Young, por ocasião da estreia do filme Cafe Metropole, e nessa época tinha 23 anos e era uma grande estrela há apenas 6 meses. Ele assinou no cimento: "To Sid - Following in my father's footsteps", como tributo a seu pai, ator de teatro e de cinema, Tyrone Power, Sr..
A estrela de Tyrone Power na Calçada da Fama pode ser encontrada no 6747 Hollywood Blvd.


Túmulo de Tyrone Power, no Hollywood Cemetery
Tyrone Power foi sepultado no Hollywood Cemetery, atualmente conhecido como Hollywood Forever Cemetery, em Hollywood, Califórnia, em 21 de novembro de 1958, com honras militares. Foi velado na Capela de Psalms, no Hollywood Cemetery, sob o serviço do Capelão Thomas M. Gibson. O caixão foi carregado por oficiais da United States Marine Corps e pelos amigos Charles Laughton, Raymond Massey, Tommy Noonan, Theodore Richmond, Murray Steckler, Cesar Romero, Watson Webb, Milton Bren, James Denton, George Sidney, George Cohen, Lew Schreiber, Lew Wasserman e Harry Brand. Cesar Romero apresentou um tributo fúnebre, usando as palavras do grande amigo e colega de atuação de Tyrone, George Sanders. Sanders escrevera tal tributo no set de Solomon and Sheba, poucas horas após a morte de Power, e escrevera o seguinte:
"I shall always remember Tyrone as a bountiful man, a man who gave freely of himself. It mattered not to whom he gave. His concern was in the giving. I shall always remember his wonderful smile, a smile that would light up the darkest hour of the day, like a sunburst. I shall always remember Tyrone Power as a man who gave more of himself than it was wise for him to give, until in the end, he gave his life".
Mais de 20 anos após a morte de Tyrone Power, Hector Arce citou, de fonte anônima, a declaração de que 
Power era bissexual[1

Mulheres com que Power foi casado ou teve relacionamentos sempre negaram o conhecimento de sua inclinação homossexual. Sua segunda esposa, Linda Christian, relatava que ela e Power tinham uma relação intensa e descreve seu amor por outras mulheres[20]. Lana Turner, em seu livro de 1983 The Lady The Legend The Truth, e Mai Zetterling, em All Those Tomorrows (1986), descrevem longos relacionamentos com Power. Outras mulheres com quem esteve envolvido foram Gene Tierney, Sonja Henie, Judy Garland, Anita Ekberg e Mary Roblee, uma editora. Os amigos mais próximos de Power refutaram a ideia de sua bissexualidade: Robert Buck, um piloto que serviu com Power em uma viagem à Europa e África do Sul em 1947, em sua autobiografia North Star Over My Shoulder, em resposta aos rumores, declarou: "And while talking of Ty, I want to make this clear, and as loudly as I can: he was not a homosexual...

Tyrone Power abraça Alice Faye no filme de 1938 Alexander's RagtimeBand         


Tyrone Power
Em 
Alexander's Ragtime Band (1938)
Em Alexander's Ragtime Band (1938)
Nome completo Tyrone Edmund Power, Jr.
Outros nomes Ty Power
Nascimento 5 de maio de 1914
Cincinnati, Ohio, EUA
Nacionalidade  Estados Unidos
Falecimento 15 de novembro de 1958
Madrid, Espanha
Ocupação Ator
Altura 1,83[1][2]. m
Cônjuge Annabella (1939–1948) (divorciados)
Linda Christian (1949–1956) (divorciados) 2 filhos
Debbie Ann Minardos (1958–1958) (até sua morte) 1 filho
Trabalhos notáveis Leonard Vole em Witness for the Prosecution; Eddy Duchin em The Eddy Duchin Story
Atividade 1932–1958








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