Marilyn Monroe assinou seu primeiro contrato com a Twentieth Century Fox em 1946, estreando no ano seguinte numa pequena participação. Mas bastou isso para que ela chamasse a atenção de todos. Em 1959 receberia um Globo de Ouro de Melhor Atriz em comédia por Some Like It Hot. Atuou em 30 filmes antes de sua morte em 1961, em circunstâncias ainda inexplicáveis e controversas.
Nos Passos de Joan Crawford
Alguns adjetivos são indispensáveis quando o assunto é Joan Crawford: De talentosa à melodramática. Exemplo disto são a sequência de fotografias abaixo. Segundo o blog
La Dolce Vita, a diva teve um colapso enquanto ensaiava uma cena de
"They All Kissed the Bride" de 1942. O detalhe é que o dito colapso ocorreu justamente quando o fotógrafo da
Life Magazine estava por lá... É ou não é coisa da diva! Para completar, além da promoção do filme, Joan fez caridade doando o seu cachê - $ 112,500 - à obras sociais.
Nos primeiros anos do cinema falado, Greta Garbo queria ficar sozinha em Grande Hotel. Um momento antológico, de uma atriz cuja personagem estava em crise. Uma atriz já vista como mito, encrustada na memória. Também, ali, uma personagem cercada por outras várias – todas vividas por estrelas e em um elenco de dar inveja a qualquer produção atual. Pelos corredores do inesquecível hotel, por onde as vidas chegam e seguem viagem, estava também uma ainda jovem Joan Crawford.
De maquiagem expressionista, Bette Davis ataca e é uma das chaves do fascínio ainda gerado por O que Terá Acontecido a Baby Jane?, de Robert Aldrich. Lançado no início dos anos 1960, a obra reúne Davis à outra diva que reinou absoluta nos anos do cinema clássico: Joan Crawford. E se trata de um filme revisionista, de uma mulher que um dia fizera sucesso, na infância, e que agora caíra em ostracismo. Ela está justamente na pele de Davis: exagerada à forma exata, como um palhaço enlouquecido e até mesmo digno de pena nos momentos finais, à praia.
CONFISSÕES DE JOAN CRAWFORD
“Qualquer pessoa no mundo terá levado a sua bofetada. De qualquer maneira, seja dos homens ou do destino, ninguém confessará que a recebeu com prazer, mas, eu devo dizer que sinto uma profunda gratidão por todos aqueles que me esbofetearam. Deram-me ânimo para reagir em meu próprio proveito. Foram-me, grandemente, úteis. Ainda guardo – sem rancor – a lembrança da primeira vez que senti minhas faces vermelhas e todo meu corpo agitado por incrível ressentimento. Contava, então, meus nove anos. Estudava no convento-escola de Santa Agnes, em Kansas City, quando aconteceu que a minha mãe e o meu padrasto se separaram. Ela me explicou que, se quisesse continuar os estudos, teria que ganhar dinheiro para custeá-los. O fato não me preocupou de verdade. Não tinha medo do trabalho nem muita vontade de instruir-me, embora disso me tenha arrependido mais tarde, procurando remediar a minha negligência quando possível. Naquele momento, porém, a minha maior preocupação era ganhar com que viver. Empreguei-me como garçonete.
Dois momentos bem parecidos de Joan
Em time que está ganhando não se deve mexer. E em filme, essa máxima é válida? Nem sempre. As provas são várias: sequências ruins de bons filmes, temas explorados à exaustão e astros estereotipados ou repetindo papéis. Joan Crawford sofreu esse último mal, em dois filmes bons, mas incrivelmente semelhantes, ambos produzidos por Jack Warner e Jerry Wald.
Em 1945, sua atuação como a mãe zelosa e batalhadora Mildred Pierce, no filme “Alma em Suplício / Mildred Pierce”, lhe rendeu um Oscar. Dois anos depois viria mais uma indicação por “Fogueira da Paixão / Possessed”. Este repete consideravelmente a fórmula do primeiro, contando, inclusive, com uma filha ingrata e ciumenta de alta periculosidade (que nem era dela). A semelhança é tanta que a edição de 2009 de “1001 filmes que você deveria ver antes de morrer” apresenta uma imagem de Joan, de vestido florido e empunhando uma arma, como pertencente a “Alma em Suplício”, quando, na verdade, faz parte de “Fogueira da Paixão”!
Nascida Lucille Fay LeSueur no dia 23 de março de 1905, Joan Crawford era dona de um corpo exuberante, e um talento nato para a sensualidade.Teve uma vida difícil até chegar as telas. No início, quando ainda não trabalhava, sustentava-se fazendo pequenas apresentações de dança e strip-tease.
Trabalhava no bar de Henry Richman, quando conheceu Nils Granlund. Porém não tinha uma roupa adequada para fazer companhia ao ilustre cliente. Impressionado, com a beleza de Joan, Nils deu lhe uma quantia em dinheiro para que pudesse comprar um vestido de grife.
O que terá acontecido a Baby Jane ? (What Ever Happened to Baby Jane?) é um filme de 1962, baseado no livro de Henry Farrel. Dirigido por ninguém mais ninguém menos, que Robert Aldrich, o filme foi um enorme sucesso, gastou-se 980.000 dólares para produzí-lo porém, o retorno de bilheteria chegou a casa dos 9 milhões de dólares.
A história se passa num casarão, e tem como protagonistas Bette Davis e Joan Crawford, ambas irmãs. Começando em 1917, Baby Jane (Bette Davis) é uma menina mimada e talentosa que faz apresentações cantando (a música “I've Written a Letter to Daddy") e dançando.
Sua irmã Blanche (Joan Crawford), sofria calada por não ser tão conhecida e querida quanto a irmã, isso a fez crescer com certa mágoa e inveja, porém, mal sabia ela o que o futuro lhe reservava.
Joan Crawford
(clique na caricatura)
Joan Crawford
(Atriz norte-americana)
23-3-1905, San Antonio, Texas, EUA
10-5-1977, New York, EUA
Lucille Fay LeSueur - seu verdadeiro nome - teve uma vida difícil. As únicas vantagens que possuía eram o corpo espectacular e uma prodigiosa habilidade sexual. Descobriu desde cedo suas qualidades como dançarina e um talento inato para o strip-teaser, que lhe garantia sobrevivência antes de entrar para o cinema.
Até que ponto uma mãe amorosa chegaria para satisfazer as vontades de um filho? Esta é uma das questões levantadas em "Mildred Pierce"(1945), o filme que deu o Oscar de melhor atriz para Joan Crawford. O público, ao longo da história faz e refaz esta pergunta enquanto Mildred termina de realizar mais um capricho de sua filha Veda(Ann Blyth). Mas o filme aborda outros dois assuntos polêmicos para os anos 40: o divórcio de uma mulher de classe média e sua decisão de vencer sozinha, sem intervenção de nenhum homem(ou quase nenhum), quando decide se tornar uma empresária. A abertura com música de Max Steiner não poderia ser menos que misteriosa e bela: as ondas do mar batendo na areia, apagando crédito após crédito inicial.