quarta-feira, 18 de maio de 2011

Jota Silvestre

João Silvestre (Salto, 14 de dezembro de 1922 - Fort Lauderdale, 7 de janeiro de 2000) foi um ator, escritor e apresentador da TV brasileira.

Vida e carreiraUm dos grandes apresentador da TV Brasileira!

J. Silvestre iniciou no rádio em 1941, mais especificamente na Rádio Bandeirantes, de São Paulo, SP. Desempenhou todas as funções no rádio: ator, sonoplasta, contra-regra, ensaiador e autor. Em 1945, transferiu-se para a rádio Tupi, no Rio de Janeiro. Volta para São Paulo - 1946 e vai para a rádio Cultura. Na rádio paulistana se torna apresentador de programa de calouros. Retorna à Rádio Tupi, em 1950. Participou da inauguração da TV Tupi canal 6 em janeiro de 1951, num programa estrelado pelo padre cantor mexicano Frei José Mojica. Em 1952 escreve e atua na telenovela Os quatro filhos. Apresenta o programa Essa é sua vida. O programa "O Céu é o Limite", estreia na TV-Tupi do Rio de Janeiro - 1955. "O Céu é o Limite", de J. Silvestre, foi o precursor dos programas de perguntas e respostas da TV brasileira sendo um enorme sucesso, tanto que nos anos 70, o programa atingiu 84 pontos de audiência, uma das maiores audiencias da TV brasileira. Um programa de mesmo nome era apresentado na TV Tupi, de São Paulo; sob o comando de Aurélio Campos. Os programas apresentados porJ. Silvestre estabeleceram recordes históricos de audiência. Era o início da época do bordão "absolutamente certo!"
Com a inauguração da Embratel, lançou o primeiro programa em rede no Brasil, Domingo Alegre da Bondade, gerado pela TV Tupi no Rio. E depois apresentou O Carnê da Girafa.
De 1972 a 1976 ausente da televisão, aproveitou para escrever o livro Como vencer na televisão.
J. Silvestre foi nomeado presidente da Rádiobras, em Brasília, DF, pelo presidente da república, João Batista de Figueiredo.
No SBT, também apresentou o Show Sem Limite e A Mulher é um Show, O Carnê da Girafa. Transferiu-se para a TV Bandeirantes Band, onde apresentou o Programa J. Silvestre, o primeiro no estilo talk show na TV brasileira, e o Essas mulheres maravilhosas. Na Rede Globo - fez participação especial, homenageando Xuxa e Renato Aragão, no seu quadro Essa é a sua vida. Em 1997, retornou à TV após dez anos afastado, apresentando o Domingo Milionário, TV Manchete. Mas este ficou pouco tempo no ar, e J. Silvestre não voltaria mais para a TV falecendo em 2000.
J. SILVESTRE começou a sua carreira profissional no rádio, no ano de 1941, atuando como locutor. De 41 a 45 trabalhou na Rádio Bandeirantes, da capital paulista, ganhando experiência como ator, sonoplasta, contra-regra, ensaiador e autor. Escreveu, nesse período, seus primeiros contos, novelas e peças para radio-teatro, com uma produção nesse campo que cresceu rapidamente.

Em 1945 transferiu-se para a Rádio Tupi, no Rio de Janeiro, de onde partiu para realizar seu primeiro trabalho em Propaganda, na Standard. 



No ano seguinte voltou para São Paulo e para o radioteatro, na Rádio Cultura, atuando como ator, autor e diretor. 
Foi nessa estação, em 1947, que se iniciou na carreira de animador e apresentador de programa de calouros.

Retornou em 1950 à Rádio Tupi e no mês de setembro participou, como apresentador, da primeira transmissão da Televisão Tupi em caráter experimental, num programa estrelado por Frei José Mojica. Daí em diante, foi cada vez mais absorvido pela TV.

Em 1952 transferiu-se novamente para São Paulo, permanecendo na TV-Tupi, e foi, na época, dos primeiros profissionais brasileiros a escrever e interpretar telenovelas. Entre elas a de maior destaque, "Os Quatro Filhos".

Acumulou, no curso de quatro anos, uma vasta bagagem de contos, novelas e peças de radioteatro (encontrou tempo para uma experiência teatral, como ator e autor, no Teatro de Arena) e foi em 1956, na Televisão, que J. Silvestre registrou o seu grande sucesso como apresentador de 
"O Céu é o Limite"
.

Já então trabalhando exclusivamente na Televisão, inaugurando várias emissoras em todo o país, ainda pôde dedicar-se à Propaganda e viveu um período profissional de contínuas viagens no eixo Rio — São Paulo, para atender a compromissos nas duas cidades. Com o advento da Embratel, lançou o primeiro programa em cadeia no Brasil, 
"DOMINGO ALEGRE DA BONDADE"
, originado na TV-Tupi do Rio.

Em 1972 afastou-se da TV, só voltando em 1976 com um programa jornalístico diário de fim de noite. Esse período, ausente do vídeo, dedicou-se ao livro "Como Vencer na Televisão" apresentado aos leitores brasileiros.
J. Silvestre - convidado pelo Presidente da República e nomeado Presidente da Rádiobrás em Brasília durante a gestão do então Presidente João Figueiredo.
J. Silvestre prosseguiu em sua carreira nos anos 80, na SBT ("Show Sem Limite", "A Mulher é um Show") e TV Bandeirantes ("Programa J. Silvestre" no mesmo formato de "O Show Sem Limite" e outro show: "Essas Mulheres Maravilhosas"), sempre com muito sucesso, sempre líder de audiência no seu horário. Ainda na Bandeirantes, J. Silvestre criou uma serie de programas diários de prêmios e variedades com novos apresentadores.
J. Silvestre em apresentações especiais na Rede Globo, homenageou personalidades como: Renato Aragão e "Xuxa" com um de seus quadros mais conhecidos: Esta é a Sua Vida. Estes "especiais" foram repetidos varias vezes na Rede Globo.

Em 1997, na TV Manchete em um novo programa: "Domingo Milionário"
Pela 1a. vez, J. Silvestre não teve participação na produção ou formulação deste programa. O programa nunca refletiu suas idéias. 
J. Silvestre sempre gostou muito de sua profissão e dizia que tanta era a sua alegria que ele é quem deveria pagar para poder trabalhar.
J. Silvestre
adorava a sua profissão.

J. Silvestre, paulista da cidade de Salto, casado, tem quatro filhos homens e, com a família, sempre dividiu o seu tempo entre suas residências no Rio de Janeiro, São Paulo e Flórida nos Estados Unidos.
Rio

terça-feira, 10 de maio de 2011

Chacrinha

José Abelardo Barbosa de Medeiros (Surubim, 30 de setembro de 1917 — Rio de Janeiro, 30 de junho de 1988), o Chacrinha, foi um grande comunicador de rádio e um grande nome da televisão no Brasil, como apresentador de programas de auditório, enorme sucesso dos anos 1950 aos 1980. Foi o autor da célebre frase: "Na televisão, nada se cria, tudo se copia" Em seus programas de televisão, foram revelados para o país inteiro nomes como Roberto Carlos, Paulo Sérgio e Raul Seixas, entre muitos outros.
Desde os anos 1970 era chamado de Velho Guerreiro, conforme homenagem feita a ele por Gilberto Gil que assim se referiu a Chacrinha numa conhecida letra de canção que compôs chamada "Aquele Abraço".
Nasceu em Surubim e aos 10 anos de idade, mudou-se com a família para Campina Grande, na Paraíba. Aos 17, foi estudar no Recife. Começou a cursar faculdade de Medicina em 1936 e, no 3º ano em 1937, teve o seu primeiro contato com o rádio na rádio Clube de Pernambuco ao dar uma palestra sobre alcoolismo. Chacrinha, apesar de sucessivas crises financeiras na família, teve, porém, uma infância tranquila.

Início da carreiraChacrinha o unico e eterno Apresentador da TV.

Em Recife, ponto de chegada, Chacrinha prosseguiu seus estudos e todos os caminhos pareciam indicar a Faculdade de Medicina para o jovem Abelardo.
Não pretendendo passar um ano inteiro no quartel, falsificou a data de nascimento na cédula de identidade e acabou ingressando no Tiro de Guerra.
Após esta experiência, foi tocar bateria. Dois anos depois de começar seus estudos de medicina, em 1938, caiu nas mãos de colegas já formados que o salvaram de uma apendicite supurada e gangrenada. Ainda convalescente da delicada cirurgia, ele, como percussionista do grupo Bando Acadêmico, decidiu aos 21 anos, viajar, como músico no navio Bagé rumo à Alemanha. Porém, naquele dia estourou a Segunda Guerra Mundial que agitava o mundo em 1939 o fizeram desembarcar na então capital federal, o Rio de Janeiro onde se tornou locutor na Rádio Tupi. Em 1943, lançou na Rádio Fluminense um programa de músicas de Carnaval chamado Rei Momo na Chacrinha, que fez muito sucesso. Passou então a ser conhecido como Abelardo "Chacrinha" Barbosa. Nos anos 1950 comandaria o programa Cassino do Chacrinha, no qual lançou vários sucessos da música brasileira como Estúpido Cupido de Celly Campelo e Coração de Luto, do artista gaúcho Teixeirinha.

Carreira televisiva

Em 1956 estreou na televisão com o programa Rancho Alegre, na TV Tupi, na qual começou a fazer também a Discoteca do Chacrinha. Em seguida foi para a TV Rio e, em 1970, foi contratado pela Rede Globo. Chegou a fazer dois programas semanais: Buzina do Chacrinha (no qual apresentava calouros, distribuía abacaxis e perguntava "-Vai para o trono, ou não vai?") e Discoteca do Chacrinha. Dois anos depois voltou para a Tupi. Em 1978 transferiu-se para a TV Bandeirantes e, em 1982, retornou à Globo, onde ocorreu a fusão de seus dois programas num só, o Cassino do Chacrinha, que fez grande sucesso nas tardes de sábado.

Frases e bordões

Uma frase sua que era muito citada afirmava que "Na televisão nada se cria, tudo se copia".
Alcançou grande popularidade com os seus programas de calouros, nos quais apresentava-se com roupas engraçadas e espalhafatosas, acionando uma buzina de mão para desclassificar os calouros e empregando um humor debochado, utilizando bordões e expressões que se tornariam populares, como "Teresinha!", "Vocês querem bacalhau?", "Eu vim para confundir, não para explicar!" e "Quem não se comunica, se trumbica!".

Jurados e as "chacretes"

Os jurados ajudavam a criar o clima de farsa, no qual se destacaram Carlos Imperial, Aracy de Almeida,Rogéria, Elke Maravilha e Pedro de Lara, dentre muitos outros.
Outro elemento para o sucesso dos programas para TV eram as chacretes - dançarinas, que faziam coreografias bastante simples e ingênuas para acompanhar as músicas. Além da coreografia ensaiada, as dançarinas recebiam nomes exóticos e chamativos como Rita Cadillac, Índia Amazonense, Fátima Boa Viagem, Suely Pingo de Ouro, Fernanda Terremoto etc. Apesar de vestidas de forma decorosa e rigorosamente acompanhadas pelo apresentador que lhes vetava, por exemplo, encontrarem-se com fãs, elas fizeram parte do universo erótico de gerações de espectadores do programa.
Nome das chacretes mais famosas:
  • Baby
  • Beth Boné
  • Bia Zé Colméia
  • Cambalhota
  • Chininha
  • Cleópatra
  • Cristina Azul
  • Daisy Cristal
  • Elvira
  • Elza Cobrinha
  • Érica Selvagem
  • Esther Bem-Me-Quer
  • Estrela Dalva
  • Fátima Boa Viagem
  • Fernanda Terremoto
  • Geni
  • Gláucia Sued
  • Gleice Maravilha
  • Graça Portellão
  • Índia Amazonense
  • Índia Potira
  • Leda Zepelin
  • Lia Hollywood
  • Lucinha Ti-ti-ti
  • Marlene Morbeck
  • Mirian Cassino
  • Pimentinha
  • Regina Polivalente
  • Rita Cadillac
  • Rosane da Camiseta
  • Rosely Dinamite
  • Sandra Pérola Negra
  • Sandra Veneno
  • Sandrinha Radical
  • Soninha Toda Pura
  • Sarita Catatau
  • Sueli Pingo de Ouro
  • Valéria Mon Amour
  • Valderez
  • Gracinha Copacabana
No início eram conhecidas como as vitaminas do Chacrinha. A mais famosa de todas as chacretes foi, sem dúvida, Rita Cadillac.

Anualmente, lançava em seu programa uma marchinha para o Carnaval. Conhecido como Velho Guerreiro, em 1987 foi homenageado pela Escola de Samba carioca Império Serrano com o enredo "Com a boca no mundo - Quem não se comunica se trumbica", foi a única vez que desfilou numa escola de samba, surgiu no último carro alegórico, que reproduzia o cenário de seu programa, rodeado de chacretes, de Russo (seu assistente de palco) e Elke Maravilha.
Em Outubro de 1987 recebeu título de "doutor honoris causa" da Faculdade da Cidade, no Rio.
Seu aniversário de 70 anos foi comemorado em setembro de 1987 com um jantar oferecido em sua homenagem pelo então Presidente da República, José Sarney.
Durante o ano de 1988, já doente, foi substituído em alguns programas por Paulo Silvino. Ao voltar à cena, no mês de junho, comandou a atração com João Kléber, até que pudesse se sentir forte novamente.
Faleceu no dia 30 de junho de 1988 às 23h30 de infarto do miocárdio e insuficiência respiratória (tinha câncer no pulmão) aos 70 anos.
O último programa Cassino do Chacrinha foi ao ar em 2 de julho de 1988.
Em 2008 foi lançado o documentário Alô, Alô, Terezinha! do cineasta Nelson Hoineff, reproduzindo o grande sucesso de seus programas, os diversos artistas que revelou e depois se firmaram na música brasileira, além das inesquecíveis chacretes.

Curiosidades

Quando o bacalhau encalhou nas Casas da Banha, seu patrocinador na TV Tupi, Chacrinha arrumou um jeito de reverter a situação. Durante o programa, virava-se para o auditório: "Vocês querem bacalhau?", e atirava o peixe para o auditório, onde a plateia disputava a tapa o produto. As vendas explodiram e ele explicou: "Brasileiro adora ganhar um presentinho."



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